Review – Battlefield 1
Olá pessoal hoje lhes trago Battlefield 1, produzido pela DICE e distribuído pela EA, o novo shooter da atualidade chega para quebrar a sequência da nova tendência dos FPS atuais de guerra e ação atuais/futuristas.
Battlefield 1 traz o jogador para dentro do mundo da 1° guerra mundial. Dessa vez sem gadgets eletrônicos, sem armas com mira laser muito menos nem drone. Simplesmente passe lama na cara e se arraste pela trincheira com seu fuzil de ferrolho. Após fracas as campanhas de seus predecessores e a total ausência de uma em StarWars: Battlefront, a DICE percebeu que deveria fazer algo a respeito e resolveu arregaçar as mangas e caprichar no modo campanha de Battlefield 1. E de fato conseguiu fazer um grande trabalho. Ela conseguiu unir a ação de um game de guerra, com a emoção e dramatização no enredo, com o melhor do sentimento que um filme de guerra pode passar.
[youtube_sc url=”https://www.youtube.com/watch?v=YwSFUNMrWvk”]Em BF1 o enredo tem uma tocada séria, ao contrário de jogos FPS de um modo geral, onde o personagem principal é um “badass” fodão que detona tudo e sai fumando um cigarrinho enquanto o cenário todo explode atrás dele. O enredo toca na parte séria da guerra, onde conta o drama de cada soldado, de um que está atrás da mira da arma. Conta o temor de cada homem, que em campo de batalha se torna descartável. Isso é até bem demonstrado logo no epílogo, onde simplesmente vamos tomando controle desses soldados “descartáveis” onde por mais que se lute, um a um vão caído e seus nomes esquecidos pela história. E após o epílogo, BF1 continua a ideia de que não existem “heróis” em uma guerra.
A campanha não gira em torno de um único personagem, ela traz curtos capítulos que mostram a face da guerra em seus diferentes pontos pelo mundo. Em “Através de lama e sangue”, três britânicos guiam um tanque Mark V através da França, em direção à cidade de Cambrai. Esse capítulo alterna combate motorizado e avanços através de mecânica de furtividade (que funciona bem!) em uma região enevoada e de densa vegetação. O segmento “Amigos nos lugares certos” é bastante parecido, trocando o controle de um tanque por um avião da Força Aérea Britânica, cujo piloto vai parar atrás das linhas inimigas. “Avanti Savoia!” apresenta a feroz tropa de choque italiana dos Arditi, focando-se exclusivamente em intenso combate a pé através dos alpes da Itália, com direito a uma armadura protetora.
Em “O Corredor”, um herói de guerra australiano lança-se em uma missão suicida logo depois do desembarque nas praias de Galípoli, na famigerada Batalha dos Dardanelos na Turquia. Essa história equilibra combate e infiltração. Por último, no front árabe, temos “Nada está definido”, em que uma guerreira tribal enfrenta, sob o comando de T. E. Lawrence – o Lawrence da Arábia, com absurda fidelidade facial – as forças do Império Otomano. Esta é a mais elaborada das histórias de guerra, com inúmeras possibilidades de resolução no maior mapa do game single player, da furtividade total à destruição mecanizada, que também podem ser combinados de maneira extremamente orgânica.
A campanha de BF1 é de longe uma das melhores da franquia até hoje (acredito que junto com Bad Company2). Tem um tom sério e chega a ser tocante em alguns momentos. Alguns pontos clichês e previsíveis, mais nada que estrague o roteiro em si. Acho que o grande problema da campanha, é que quando eles finamente acertam no tom, acabou ficando muito curta. Entorno de 5 horas já tinha terminado a campanha. Ficou um gostinho de quero mais.
Quanto aos modos de jogo do multiplayer (para quem conhece, sabe que este é o verdadeiro foco da saga) temos os tradicionais modos da série: Conquista, Mata-mata, Dominação, Investida e ????. A novidade fica pelo modo Caça ao pombo (War Pigeons), onde consiste em alguém da equipe pegar um pombo em local específico do mapa e ficar parado enquanto escreve a mensagem, enquanto seu time te protege e os adversários tentam matar o portador para roubar a mensagem.
No quesito gráficos temos uma obra-prima. Os efeitos de água, luz, explosões são fantásticos, a aguá, a lama, a poeira que se prende as armas. Os cenários que passam por transformações físicas ainda maiores. É possível explodir muros, casas, até torres de observação e fortalezas quase que por completo. E além de toda essa transformação bombástica, os cenários podem ser envolvidos por vendavais, tempestades de raios e de areia. Tanques e outros veículos da época, assim como armas da 1° GM foram cuidadosamente bem desenhados, fiéis a seus modelos do passado. A equipe de pesquisa da DICE diz que foram gastos meses no desenvolvimento de pesquisas, para retratar com fidelidade os equipamentos da época, a prova disso é que até mesmo os defeitos que certas armas tinham foram inseridos, como a Lewis (uma submachine gun) que sobreaquece e trava caso você segure o gatilho até o fim, antes mesmo de descarregar todo cartucho.
[youtube_sc url=”https://www.youtube.com/watch?v=4pY3hlQEOc0″]No quesito som, temos mais uma vez ponto positivo. Os sons dos veículos mais lentos, as cápsulas caindo da arma, os tiros, explosões, os barulhos típicos das armas antigas, tudo em sintonia. Cada exército fala sua própria língua (caso a opção defautesteja ativa) e cada frase é dita com a entonação correta. Ex: você está com a vida cheia e fora de perigo e chama um médico. O soldado chama de forma normal. Caso você esteja muito ferido, sai uma voz sofrida do soldado machucado, e caso esteja ferido e em perigo o pedido de médico tem uma entonação dramática. A dublagem está bastante competente, e apaga um pouco a péssima impressão deixada em Hardline.
A jogabilidade de BF1 está leve e como dito anteriormente, você sente a diferença, tanto na precisão como em coice, ao atirar com fuzil de ferrolho. Por falar nisso a DICE abordou outro ponto importante da 1° GM: O combate corporal. Com uma velocidade e letalidade menor das armas da época, o combate corporal era muito presente e BF1 te faz sentir isso. São várias novas armas melee, como facas, porretes, machados e até pás de trincheiras. Cada uma com suas características como velocidade, dano e etc. A também a adição do interessante movimento da corrida de baioneta, onde o soldado tenta mergulhar com tudo para cima do oponente.
As classes do multiplayer serão Assalto, Médico, Batedor e Suporte. A classe Engenheiro não está mais presente, a classe Assalto foi basicamente divida em duas, e o Sniper teve algumas pequenas mudanças e passou a se chamar batedor. Assalto será a classe com acesso a explosivos, minas anti-tanques e outras armas que ajudarão a eliminar veículos inimigos. O médico, que retorna na série, seria a classe exclusiva para dar vida e reviver os jogadores (função do Assalto de BF4), porém, a mesma também carregar um,a pequena série de explosivos anti-infantaria. O suporte é a classe que quase não mudou em relação aos outros jogos. Eles tem acesso a metralhadoras pesadas para dar tiro de supressão nos inimigos. A grande diferença é que, como não há mais a classe engenheiro, ele agora é o portador da ferramenta de reparo, ficando responsável pela manutenção de veículos. O Batedor (sniper) atira nos inimigos a uma distância segura com rifles de precisão e possui dispositivos para rastrear a posição inimiga e para proteger sua própria posição.
Fora as classes padrão, há também duas novas adições: as classes especializadas de respawn e as classes de elite. As especializadas, quando você dá respawn diretamente em um veículo, você será uma avidor, tanqueiro, ou outra novidade, será um cavaleiro com direito a espada e tudo, caso de respawn direto do cavalo. As classes de elite são equipamentos que você pega no meio do campo de batalha e o tornam um soldado de “elite”, que pode ser um lança-chamas (terrível a curta distância), sentinela (armadura com submachine gun) e o mata-tanque, que como o nome diz, é especialista em destruir veículos.
Quanto a bugs, parece já tradição da DICE de lançar um BF com os mesmos pequenos bugs, lags do servidor e problemas de performance, e aos poucos eles vão concertando (BF4 do lançamento e o BF4 da atualidade quase parece outro jogo) quem é fã da série já está um pouco acostumado… Talvez até mesmo quando estiver vendo este review muitos desses problemas já estão resolvidos. Os que mais se fazem perceptíveis são os atrasos de renderização, sobre tudo no modo campanha.
Resumindo:
BF1 tem uma campanha, que apesar de curta, é uma das melhores e mais emocionantes já feitas (se esforçaram bastante nesse quesito para corrigir furos de edições anteriores), tem um multiplayer dinâmico e bem divertido. Acho que não posso deixar de comentar aqui é o preço. No momento, a edição “básica” está em R$199,90 a mais completa R$489,90!!! É realmente um jogo bom, corrigiu vários aspectos de seus antecessores, porém ficou longe de revolucionar o mundo dos FPS’s. Cabe cada avaliar suas prioridades e ver se vale a pena investir em game nessa faixa.
Notas:
Gráficos = 10
Som = 10
Desafio = 6,5
Jogabilidade = 9
Custo/benefício = 7,0
Diversão = 9