Review – Dreamfall Chapters
Dreamfall Chapters é a continuação do já aclamado pela crítica The Longest Journey e Dreamfall: The Longest Journey. Os três jogos fazem parte de uma trama complexa e bem trabalhada que se espalha por dimensões. O terceiro jogo trata de uma história dividida em episódios dividida entre dois personagens: Zoe Castillo, que é residente do mundo futurístico de Stark e Kian Alvane, residente do mundo medieval e fantástico de Arcadia.
História
A história de Dreamfall Chapters, como mencionada acima, é dividida entre episódios e dois personagens. Começando por Zoë Maya Castillo, que está em um coma de nove meses e o primeiro objetivo do jogo é escapar do mundo dos sonhos, onde se encontra, acordando do coma, efetivamente.
O mundo de Zoë é o mundo de Stark, um mundo tecnologicamente avançado e, como já se espera de um futuro distópico, com muitas conspirações políticas e uma droga sintética altamente viciante e em níveis alarmantes. No caso de Stark, a droga em questão é uma máquina que criam sonhos lúcidos, fazendo com que as pessoas abdiquem da realidade.
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Já o mundo de Kian é o mágico mundo de Arcadia, onde a tecnologia é mais próxima da era medieval. Kian começa a jornada acusado injustamente por um crime que não cometeu. Libertado por um integrante da resistência contra o império de uma deusa, Kian se vê em meio a uma trama conspiratória de níveis alarmantes, no qual o destino do seu mundo pode ser completamente aniquilado.
As duas histórias, inicialmente, não parecem ter ligação nenhuma, como são dois mundos completamente distintos, e por muito tempo o jogo não te faz acreditar que isso seja possível. Porém com o tempo, os nós vão se entrelaçando e os dois personagens começam a se interligar e os dois mundos se ligam de forma esplendorosa.
Gráficos
Os visuais do jogo são belíssimos e contam com um cast de personagens bem diversificados, como híbridos de humanos e animais no mundo de Arcadia e com os visuais cheios de neon e tecnologia pra todo lado de Stark, remetendo bastante aos cenários Cyberpunk dos anos 80.
Os próprios personagens principais, Zoë e Kian, são bem construidos e o jogo te joga em paisagens bem bonitas ao passar do tempo.
Jogabilidade
A jogabilidade de Dreamfall Chapters não tem muito mistério: É um adventure clássico, aos moldes de jogos como Broken Sword e até dos novos jogos da Telltale, onde suas escolhas irão mudar o destino de seus personagens (como o local de trabalho de Zoë no início do jogo, por exemplo) e o destino de outros coadjuvantes.
Tudo o que você faz no jogo tem consequências no futuro, o que é algo bem interessante, que torna o mundo mais vivo e dinâmico no jogo.
Alguns pequenos problemas pontuais
Como nem tudo é perfeito, Dreamfall Chapters sofre um pouco com alguns slowdowns no PS4, que foi a versão que nos foi concedida. Apesar dos belos gráficos, o jogo por algumas vezes deu umas pequenas travadas em alguns trechos específicos e arranhou um pouco o ritmo da experiência.
Um outro detalhe que por muitas vezes deixará o jogador frustrado é que, assim como em muitos jogos de adventure, os puzzles são meio confusos e não parecem fazer muito sentido. Porém, o jogo já lhe deixa claro que é uma experiência de tentativa e erro.
Um outro detalhe curioso: Os dois personagens não correm propriamente dizendo, eles fazem uma sprint, uma pequena corrida, algo mais sutil. O que pode irritar um pouco os jogadores por achar que o passo do jogo seria mais lento e poderia agilizar mais.
Conclusão
Apesar de suas falhas que podem irritar jogadores mais recentes, Dreamfall Chapters é um bom jogo, contem uma história muito bem amarrada, uma trama bem complexa e personagens bem cativantes, garantindo que horas de jogo valerão a pena. Principalmente por uma desenvolvedora Indie, como a Red Threat. Vale lembrar que o jogo conseguiu atingir a marca de US$ 1.5 Milhões em uma campanha do Kickstarter para o desenvolvimento deste.