Pense em um jogo bonito, que seu cenário e personagens parecem ter saído de um livro de contos de fadas. Com batalhas épicas e diálogos bem construídos, sim, estou falando de Child of Light, essa pequena maravilha que a Ubisoft Montreal nos presenteou esse ano. Child of Light é um jogo de RPG lançado para PlayStation 3, PlayStation 4, Xbox 360, Xbox One, Wii U e PC.
História…
O game conta a história da pequena Aurora, uma menininha que após morrer na sexta-feira de páscoa acorda em um mundo mágico. E para a pequenina voltar ao seu mundo, ela precisa derrotar terríveis criaturas sombrias e o mais importante, derrotar a Rainha da Noite. A Rainha do mal que roubou o sol, a Lua e as estrelas, deixando esse novo mundo em completa escuridão.
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Obra de arte em forma de game…
Eu ja joguei muitos jogos, muitos deles bonitos, com gráficos surpreendentes, beirando o realismo. Mas nunca tinha jogado algo do nível de Child of light. Tudo nele é bonito, os cenários parecem ser pintados com aquarela, um trabalho feito à mão, os efeitos de luz e sombra estão em perfeita harmonia com todo o jogo. O balanço dos cabelos de Aurora se movimentando é algo muito bonito também.
Mas não é só de visual que Child of Light é encantador, sua narrativa lembra bastante Bastion, onde um locutor vai narrando toda a trajetória de Aurora, mas de forma que a história contada seja em forma de versos e rimas. Algo lindo de se escutar e muito difícil de se ver em um game hoje em dia. Uma verdadeira obra de arte.
Que trilha sonora…
Se como não fosse suficiente elogiar os gráficos em Child of Light, o que eu posso dizer da linda trilha sonora. As musicas se encaixam perfeitamente nas situações em que Aurora se encontra, seja ela num tom melancólico caminhando pelo mundo sombrio ou am cenas de combate onde os violinos e pianos tocam suas notas mais intensamente. Tudo isso dá uma grande imersão ao jogador.
Jogabilidade…
Child of Light é um RPG de turnos, como os antigos Final Fantasy. Mas o jogo da nossa pequena Aurora tem um diferencial, pois aqui o jogador pode usar um recurso que atrasa a barra de tempo dos monstros, fazendo com que seu grupo possa agir diversas vezes antes do monstro atacar. Seu grupo pode usar itens, se curar, conjurar magias e atacar, dentro de um mesmo turno sem que sofra ataque de seu inimigo.
Os controles do game são ligeiramente parecido com Brother:A tale of Two Sons, digo isso porque, com o direcional esquerdo o jogador controla Aurora e com o direcional direito controla-se o Vaga-lume Igniculus, que ajuda a menina na sua jornada iluminando os locais escuros e atrapalhando os monstros em batalha.
Um ponto bastante interessante em Child of Light é que existe física presente no game, um exemplo claro disso é quando Aurora esta voando (sim, ela pode voar) e vem uma corrente forte de ar em sua direção, então a pequenina é empurrada para trás, alem de outras demonstrações de física que ocorrem durante a jornada da mocinha.
Poucos desafios…
Uma coisa que notei ao jogar Child of Light é que o game oferece pouco ou quase nenhum desafio, morri poucas vezes até fechar a campanha de Aurora. Para os jogadores mais hardcores ou até mesmo aqueles acostumados com os jogos de RPG, não vão sentir muita desafiados ao jogar. O game possui dois níveis de dificuldade, o modo normal e o modo difícil, posso afirmar que existe diferença entre os modos, mas é mínima. Até os Chefões de fase não oferecem muito perigo. Acho que esse é o único ponto em que Child of Light peca.
Resumindo…
Child of Light é um jogo lindo, tem um cenário de cair o queixo, uma trilha sonora que coloca o jogador ao lado da pequena Aurora durante a aventura e a narração e as rimas são algo encantador, porém a pouca dificuldade do game deixa um pouco a desejar, não trazendo desafio para jogadores mais experientes.
Prós: Belíssima arte, trilha sonora envolvente e boa jogabilidade.
Contras: Baixa dificuldade pode afastar jogadores mais hardcore.
Nota: 9.0