Review – The Walking Dead: The Game

Quando a Telltale anunciou que iria lançar um game baseado nas HQ’s de The Walking Dead, pensei logo, “pronto, é mais uma produtora se aproveitando do Hype zumbi, é mais uma mídia querendo destruir algo que eu gosto”. Isso porque a Telltale não foi muito feliz com seus dois títulos anteriores, pra quem não conhece são eles o Jurassic Park que diga se de passagem foi horroroso e Back to the Future que foi bem “mais ou menos”.

 A produtora estava com uma grande bomba nas mãos, uma vez que seus títulos não estavam vendendo e ela arriscaria fazer um game focado em um universo onde uma legião de fãs que consomem HQ’s e o seriado de mesmo nome estava esperando ansiosamente pelo jogo. Mas devo dizer que todos se impressionaram quando o game foi realmente lançado e surpreendeu mais ainda quando foi eleito pelo Video Game Awards (VGA) como o grande ganhador na categoria “Melhor game de 2012”.

Sinópse

The Walking Dead: The Game coloca o jogador na pele do professor de História Lee Everett que começa o game no banco de trás de uma viatura da polícia após sair do julgamento onde foi acusado de ter matado o homem com quem sua esposa estava dormindo. Ao se descuidar o policial que dirigia a viatura acaba atropelando uma “pessoa”, o carro capota e cai em meio a floresta densa, nessa hora começa The Walking Dead: The Game.

A Telltale decidiu lançar o game em cinco episódios, são eles:

Episode 1 – A New Day
Episode 2 – Starved for Help
Episode 3 – Long Road Ahead
Episode 4 – Around Every Corner
Episode 5 – No Time Left

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Point and Click

The Walking Dead: The Game possui uma jogabilidade que não víamos ha muito tempo nos jogos dessa geração, o game usa o antigo “Point and Click”, bastante usado nos adventures dos anos 90  para realizar as ações do protagonista. Porém o personagem pode se mover livremente pelo cenário através dos controles do Xbox 360, PS3 ou do PC. Mas não deixe a jogabilidade simples te enganar, é um ótimo game.

Gráficos belíssimos

O que dizer dos gráficos de The Walking Dead? A Telltale fez um grande trabalho ao trazer ao game não só toda a atmosfera da HQ, mas como o seu visual incrível, no qual parece que os personagens saíram mesmo das paginas para estrelar o game.

Decisões a serem tomadas

Em TWD uma das coisas mais difíceis são as decisões que temos que tomar. Pois quando temos que responder perguntas ou escolhas a fazer, tudo pode afetar o futuro, você decide se vai pela esquerda ou pela direta, se fica ou foge e até mesmo quem vai viver e quem vai morrer. Isso tudo com uma barra de timming correndo para que o jogador não perca tempo e tome logo sua decisão. Caso tome a decisão errada, será tarde demais, pois não tem como voltar atrás.

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Eu mesmo me via acuado dentre as escolhas tomar em certas partes da história, pois nunca há um jeito fácil de sair de situações sem deixar algo para trás. Seja um objeto ou até mesmo um amigo. Nunca será fácil tomar decisões em The Walking Dead.

Personagens únicos e uma menina chamada Clementine

TWD trás os mais variados tipos de personagens, aqueles que você vai amar, vai odiar, vai sentir pena, raiva e até mesmo se sacrificar pelo bem estar de outra pessoa. Temos Kenny, o caipirão, Lee o nosso protagonista, Benn que te faz perder a paciência e a adorável e amável Clementine, uma menina de 8 anos que foi deixada com a babá enquanto seus pais foram viajar e aceba sendo encontrada e salva por Lee.

Posso dizer com toda a afirmação que nenhum personagem nem desse nem de outro game me fez sentir algo tão especial em relação a personagem de Clementine. O jogo inteiro só me fez tomar decisões de forma que fossem protegê-la, não aborrecê-la, enfim, todas as escolhas que fiz foi pensando na pequena menina de 8 anos vivendo em mundo horrível como este e pensando que ela não merecia estar presenciando tudo o que acontecia ao redor. O sentimento que tive, foi algo parecido com o paterno, pois é o mesmo sentimento que o protagonista Lee tem pela Clementine.

Conclusão

The Walking Dead: The Game é um ótimo jogo, apesar de sua história clichê, ele busca bastante referência nas HQ’s, seus personagens são fantásticos, cada um com uma personalidade diferente, suas escolhas sempre te levando para um caminho bom, as vezes ruim. E o fato do jogador se importar tanto com uma personagem faz de TWD um jogo único e merecedor do título de melhor jogo de 2012.