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Evento geek no Nordeste ganha força com sua pluralidade promovendo economia e projetos sociais no local

Com a chegada do mundo digital e o aperfeiçoamento de games e filmes, o mercado geek tem movimentado bastante a economia do país e do mundo. Esse crescimento não é recente. Para se ter uma ideia, o Harry Potter, lançado nos anos 2000, faturou mais de US$ 21 bilhões em todo o mundo. Além disso, de acordo com dados da Associação de Cartunistas do Brasil (ACB), o mercado de quadrinhos mobiliza cerca de 20 milhões de leitores por mês. 

De olho nesse cenário e com intuito de levar esse mundo em ascensão para outras regiões do Brasil, surge o Sana – Super Amostra Nacional de Animes, idealizado por 15 amigos da região do Nordeste, apaixonados pelo mundo nerd. “Logo na nossa primeira edição, em 2001, conseguimos a participação de 250 pessoas. Na época, esse era considerado um número bem interessante, já que não contávamos com as redes sociais para divulgação. Com os anos e aprimoramento das edições, fomos conseguindo conquistar um público cada vez maior e, hoje, o Sana é considerado a maior feira multi-temática de cultura pop e geek do Norte/Nordeste – com mais de 70 mil visitantes em cada edição”, explica Ricardo Busgaib, Diretor do Sana.

Ele ainda explica que a pluralidade é o principal fator para impulsionar esse crescimento. “O Sana é um evento que atrai fãs de quadrinhos, a audiência de séries, quem gosta de videogame, mangás, dubladores, k-pop, cosplayers, cultura oriental e música pop. Então acaba atraindo vários públicos. Como já estamos há muitos anos no mercado, hoje tem frequentadores das primeiras edições que vão com seus filhos”, complementa o fundador.

O brilho nos olhos dos jovens

E por que esse evento cresceu tanto na região? “Um dos grandes diferenciais é que não somos apenas um grupo empresarial que quer explorar esse nicho, nós também somos fãs e, na verdade, não só nós, os organizadores, mas toda a equipe que trabalha é jovem e gosta dessa cultura pop e geek. Além disso, a diversidade de atrações, a segurança e o conforto do local agradam as pessoas. Procuramos ouvir o que nosso público espera em termos de atração e, na medida do possível, agradar a todos. Na última edição tivemos atrações como: Banda Angra; Banda Snowkel – da abertura do Naruto; painéis com Walter Jones, primeiro intérprete do ranger preto; e Manolo Rey, dublador do Sonic”, conta. 

“Sempre estamos atentos às novidades: nas duas últimas edições tivemos a arena da série sul-coreana Round 6, já que foi um lançamento de grande sucesso na plataforma Netflix. No espaço, tinha uma réplica gigante da boneca Younghee, com três metros de altura e cabeça giratória, além de vários campeonatos de batatinha frita, em alusão ao jogo ´Batatinha Frita 1, 2, 3´ da série. Então, por isso o Sana nunca fica um evento “velho”. Tem de tudo, desde o que é nostálgico, até o que é novo e conquista novos públicos. Nós transitamos pelos mais diversos públicos”, salienta.

Aquecendo a economia e empregos da região

Ao longo de todos esses anos, mais de um milhão de pessoas passaram pelo Sana, que teve cerca de cinco mil colaboradores durante essa jornada, gerando em média 200 empregos diretos e 2 mil empregos indiretos por ano – apenas nos últimos 10 anos. Cabe ressaltar que dentre os empregos, diretos ou indiretos gerados por este projeto, 50% são ocupados por minorias – mulheres, negros, indígenas e LGBTQIA+.

“Para cada evento, estimado entre venda de produtos, ingressos e negócios fechados, o Sana deve movimentar R$ 8 milhões na economia. Ou seja, apenas nos últimos 10 anos, com a realização de mais de 20 eventos, o Sana movimentou na economia local mais de R$ 160 milhões”, exemplifica Busgaib. 

Programas sociais dentro do evento

O objetivo principal é proporcionar ao público do Nordeste a mesma experiência de eventos do segmento que acontecem na região Sudeste. “Devido à realidade da nossa região, realizamos o evento com preços bem mais módicos. Temos ainda o objetivo de seguir proporcionando acessibilidade, por meio de parcerias com projetos sociais – dando oportunidade para que jovens em situação de vulnerabilidade possam também participar do Sana, queremos que seja um lugar acolhedor”, salienta o empresário.

É um trabalho de responsabilidade social, o evento não proporciona só alegria e cultura, mas também faz a sua parte social. “Na última edição, arrecadamos algo em torno de 12 toneladas de alimentos não perecíveis por meio do ingresso social. Além disso, em parceria com a Bichomania, o Sana realizou a 2ª edição do maior evento de adoção de animais do Estado. 57 animais, entre cães e gatos carentes resgatados, foram adotados durante os três dias de evento”, conta.

Como forma de incluir os mais diversos públicos, desde 2017 o Sana faz parcerias com escolas públicas. Na última edição, o evento disponibilizou 8 mil ingressos para estudantes de escolas públicas municipais, sendo 5 mil de Fortaleza e 3 mil alunos de Maracanaú, cidade da Região Metropolina. “O festival ainda firmou parceria com a FAZ – Associação Fortaleza Azul, que presta assistência a crianças com autismo e disponibilizou 40 ingressos para que 20 crianças participassem do evento junto com seus cuidadores”, explica Ricardo. 

Novidade para o próximo ano

E para o ano de 2023, o Sana traz uma grande novidade. O evento que antes contava com cinco dias de atividades durante o ano, passará a ter seis, como comenta Ricardo. “O Sana 2023 traz um grande diferencial: depois do grande sucesso da retomada, dividimos o evento em seis dias. Uma temporada de três dias em janeiro e outra em julho. Estamos com a expectativa que essa seja a melhor edição do Sana”, finaliza o Diretor do Sana.

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