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Behold Studios e Criador de Legendary Heroes marcam presença no Short Stories Live

images-2Neste mês rolou em São Paulo o primeiro evento realizado pela F451, empresa responsável pelos sites Gizmodo e Kotaku. A proposta foi discutir tendências atuais e futuras do universo digital, trazendo profissionais que estão fazendo a diferença no mercado de desenvolvimento de apps, serviços, produtos e é claro, games.

O tema central deste ano foi desenvolvimento de aplicativos e games, e para falar sobre o assunto trouxeram profissionais com cases de sucesso, como o Tallis Gomes (criador da Easy Táxi), Terence Reis ( Pioneiro em mobile marketing), Diego Reeberg (dono da Catarse, principal plataforma de crowdfunding brasileira) entre outros.  Para falar sobre desenvolvimento de games, Saulo Camarotti e Guilherme Mazzaro, da Behold Studios, contaram como foi difícil chegar onde estão atualmente. Eles começaram a desenvolver jogos sob encomenda para empresas, mas não estavam completamente realizados, foi aí que decidiram mudar tudo e começar a fazer o que eles realmente idealizavam e eram apaixonados, desenvolver jogos divertidos.

Foto (Reprodução): A equipe da Behold Studios marcou presença no evento.

Com a cara e a coragem eles encararam o desafio, e mesmo sem um teto, montaram o próprio QG na Livraria Cultura, onde segundo eles, tinham internet, mesas e ar condicionado de graça. Foi nessas condições que o hit Kinght of Pen and Paper foi desenvolvido. O jogo tem estilo old-school e simula RPG de mesa de uma forma simples e bem humorada e que fez grande sucesso no IOS, Android e mais recentemente apareceu no Steam.

Foto (Reprodução): A galera da Behold dando palestra.

Os desenvolvedores da Behold também falaram um pouco sobre seu próximo jogo, Chroma Squad, no qual você comanda uma empresa que produz Super Sentai e escolhe detalhes desde posicionamento dos dublês até composição dos cenários. A ideia é bem inusitada e pareceu divertido.  Ao contar sua história com tropeços e desafios, a principal mensagem que a galera da Behold Studios deixou para o público foi que a chave do sucesso é fazer o que realmente se gosta e se entregar ao seu projeto. Logo em seguida, foi a vez do Reinaldo Pires contar um pouco da sua história como desenvolvedor. Trabalhou na Glu Mobile e atualmente trabalha na Kaboom LATAN, grandes empresas de games mobile.

Foto (Reprodução): Behold Studios.

 Ele também é o criador de Legendary Heroes, primeiro action RTS lançado para Android e IOS. O jogo tem cerca de 4 milhões de downloads e continua fazendo sucesso. Ele deu dicas valiosas para quem quer começar a desenvolver jogos, como iniciar de alguma maneira e indicou ferramentas que são gratuitas e tem pode de fogo suficiente para fazer bons projetos, como Unity e Torque.

 Durante o bate papo que houve entre os desenvolvedores que palestraram, eles responderam perguntas da platéia. Uma das mais interessantes foi, o que eles achavam dos atuais cursos de Game Design das universidades brasileiras. Segundo o desenvolvedor Reinaldo Pires, as universidades formam alunos de uma maneira muito genérica, o que dificulta a formação de bons profissionais em áreas específicas. Segundo ele, as universidades precisam mudar isso e sugeriu que talvez o ideal fosse 2 anos de uma formação mais generalizada em game design e os outros 2 anos em áreas mais específicas, como arte, programação ou roteiro.

 Os desenvolvedores da Behold concordaram com o Reinaldo, e afirmaram que atualmente preferem contratar pessoas de outras áreas, como artes plásticas, ciência da computação e administração (para gerenciar projetos) ao invés de profissionais formados por cursos de game design, pois infelizmente a formação ainda é muito generalizada. A proposta do Short Stories Live é excelente e quanto mais eventos sobre tecnologia no Brasil, melhor. Porém nessa primeira edição o evento deu sinais de que precisa amadurecer e melhorar em muitos aspectos.

Foto (Reprodução): Evento Short Stories Live

 Problemas de organização, como um momento em que todos equipamentos eletrônicos foram desligados durante um palestra, deixando os palestrantes numa saia justa ou da escolha do mestre de cerimônia, que não parecia entender muito de tecnologia e não conseguia comunicar com eficiência. A direção das apresentações também decepcionou um pouco, palestrantes subiam ao palco e gastavam a maioria do tempo contando histórias pouco relevantes e davam quase ou nenhuma informação que fosse adicionar algo na experiência dos ouvintes.

 A proposta é boa o bastante para justificar uma próxima edição em 2014. Foi apenas a primeira edição do evento e com certeza ele ficará cada vez melhor se estes problemas forem resolvidos e quem sabe um preço mais camarada dê acesso para um público maior ainda, pois quem não se interessa por tecnologia hoje em dia, não é mesmo?

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