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Review – Dakar ’18

A ambiciosa proposta da desenvolvedora Bigmoon Studios de Portugal já é de se espantar em um território onde muitos não arriscaram colocar a mão durante quinze anos: Um jogo replicando o complicadíssimo e tradicional Rally Dakar. Muitas pessoas olharam com receio por ser uma empresa que nunca havia tentado fazer um jogo de corrida anteriormente.

O jogo

Dakar ’18 se passa no Rally Dakar e tenta ser o mais fidedigno ao já tradicional esporte possível. Isso por si só é louvável, pois cobrir 20.000km² de um Sandbox dentro de uma mídia Blu-Ray é algo que deve-se aplaudir pela capacidade técnica dos desenvolvedores. O jogo tem a exata recriação dos livros guia da Dakar, já que o diretor técnico deste é um fã inveterado do esporte. Com isto, o jogo faz com que seja a experiência mais próxima de um Rally possível.

Não espere que este será um jogo fácil, pois não há um “caminho fixo” para vencer a corrida e você não corre contra outros carros. Rallys são como corridas no modo Time Trial, onde os pilotos correm para alcançar o menor tempo possível. Portanto são coisas que farão com que os jogadores de jogos de corrida normais. Como em todo Rally, há um Co-Piloto que está sempre indicando as direções nas quais você deve seguir para chegar ao fim do percurso.

Os gráficos são muito bonitos e parar no alto de uma duna para enxergar ao longe pode proporcionar uma das mais belas visões já feitas em um jogo de corrida. Mas, infelizmente…

Nem tudo são flores.

No entanto, esta é uma das falhas do jogo. Por muitas vezes o Co-Piloto manda o jogador voltar ao caminho caso você tenha errado e literalmente grita com o jogador. Quando acontece de você se perder, ao invés de tentar ajudar você a retornar ao ponto de controle de onde você estava anteriormente, ele apenas diz “Você está perdido.” ou “Vamos voltar ao ponto de controle anterior.”, sem auxiliar ou informar algum outro caminho ou forma de retornar ao ponto.

A física por muitas vezes não auxilia o jogador, fazendo com que esteja, ao invés de controlar um carro, controlando um veículo muito mais pesado do que ele seria normalmente. Viradas em areia são muito complicadas de se fazer (inclusive na vida real), mas no jogo acabam por se provar ainda mais estáveis. O sistema de conserto do carro é algo que ainda demora um pouco para compreender, pois poderia ser um pouco mais intuitivo.

Veredito final

Dakar ’18 é um jogo que, apesar de suas falhas, é louvável pela tentativa de recriar um dos esportes mais tradicionais e complicados de se reproduzir em um jogo. Como falei acima, são mais de 15 anos sem um jogo sequer desta modalidade.

Nota final: 6,0.

Bruno Dias

Programador como profissão, streamer como diversão e músico, escritor e game developer como paixão. Atualmente escreve contos e livros cyberpunk e é contribuidor do site Gamer Spoiler, além de parte do time de desenvolvimento do jogo SlipStream GX

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