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Review – Bleach: Rebirth of Souls

Depois de um longo hiato, Bleach finalmente ganha um novo título nos games com Bleach: Rebirth of Souls, o primeiro jogo da franquia desde Bleach: Soul Resurrection, lançado lá atrás para PS3. Ou seja, os fãs estavam sedentos por algo que fizesse jus ao legado do anime de Tite Kubo — e, principalmente, às batalhas épicas entre Shinigamis, Hollows e Arrancars.

Bleach, para quem caiu de paraquedas, é um dos pilares da era de ouro dos animes shounen dos anos 2000, ao lado de Naruto e One Piece. A história gira em torno de Ichigo Kurosaki, um adolescente que acaba se tornando um Shinigami substituto e mergulha num mundo de espíritos, batalhas e hierarquias celestiais. Em 2022, o anime voltou com tudo com a nova temporada Thousand-Year Blood War, que está sendo lançada em partes e trouxe um novo hype para a franquia.

O novo game chega disponível para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC, prometendo reviver toda essa adrenalina — mas será que entrega tudo isso? Vamos mergulhar nos pontos principais.

Modo História – Do Substituto até o Trono do Hueco Mundo

O modo história de Rebirth of Souls reconta os principais momentos do anime, indo desde a fase em que Ichigo se torna um caçador de Hollows até o embate final contra Aizen, no clímax do arco dos Arrancar.

É um prato cheio para os fãs antigos que querem reviver esses momentos, mas deixa a desejar por não incluir a nova temporada Thousand-Year Blood War — o que, provavelmente, será corrigido via DLCs. A esperança é que os desenvolvedores expandam o conteúdo narrativo, já que há muita coisa boa acontecendo na fase atual do anime.

As missões do modo história misturam batalhas com cenas retiradas diretamente do anime e muito, mas muito texto. Em alguns capítulos, você literalmente passa minutos apenas assistindo sem qualquer interação. É bom pra contextualizar quem não conhece Bleach, mas pra quem já conhece, pode ser um pouco cansativo. Além disso, o jogo força o jogador a cumprir requisitos específicos para desbloquear certas batalhas — o que pode travar o progresso da campanha se você pular alguma etapa.

Jogabilidade – Bankai com Limitações

O sistema de combate é em arena 3D, semelhante ao de jogos como Naruto Ninja Storm, mas com um ritmo bem mais cadenciado. Aqui, a luta gira em torno das Kompakus — barras que representam a essência espiritual dos personagens. Cada lutador pode ter até nove barras, e o combate consiste em quebrar essas defesas uma a uma.

A barra de baixo (vermelha) representa a estamina e, quando está baixa, abre espaço para um golpe especial que quebra múltiplas Kompakus com uma animação empolgante. Além disso, há a barra de Reishi, usada para habilidades e ataques especiais únicos de cada personagem.

Apesar do sistema parecer promissor, o ritmo é um pouco lento e o combate se torna repetitivo com o tempo. A obrigatoriedade de usar outros personagens — como Kenpachi, Yoruichi, Uryu e cia — dá um respiro e traz variedade, principalmente em momentos icônicos como as batalhas contra Byakuya, Grimmjow, Ulquiorra e Aizen. Mas ainda assim, faltou um pouco mais de fluidez e dinamismo nos combates.

Atualmente, o game conta com 32 personagens jogáveis no modo versus offline, com promessas de mais via DLC. A variedade ajuda, mas o sistema de luta precisa de um pouco mais de tempero pra manter o jogador engajado a longo prazo.

Gráficos e Trilha Sonora – Entre o Estilo e a Simplicidade

Visualmente, Bleach: Rebirth of Souls entrega bem no design dos personagens. Os modelos estão fiéis ao anime, as animações especiais são impactantes e há um carinho evidente nos golpes mais icônicos.

O problema está nos cenários, que parecem menos cuidados. Texturas embaçadas, ambientes pouco detalhados e uma sensação geral de que o foco foi todo nos personagens — o que, de certa forma, faz sentido, mas compromete a imersão.

A trilha sonora é empolgante e casa bem com o estilo do anime. Os temas durante as batalhas lembram as aberturas cheias de energia de Bleach, e ajudam a manter o clima quente mesmo nas lutas mais lentas.

Modo Online – Sem Grandes Problemas (Até Agora)

O modo online funciona de forma decente. A busca por oponentes não demorou muito e as batalhas, no geral, ocorreram com estabilidade. Em algumas partidas foi possível notar pequenos delays, mas nada que atrapalhasse a jogabilidade de verdade.

O futuro do online vai depender bastante da base de jogadores e de como os desenvolvedores vão manter o interesse com atualizações e personagens novos.

Conclusão – O Bankai Voltou, Mas Ainda Não É Perfeito

Bleach: Rebirth of Souls é uma ótima pedida para os fãs da franquia que estavam sedentos por uma experiência moderna com os personagens que tanto amam. O modo história é nostálgico, os visuais dos personagens são caprichados, e o sistema de Kompakus traz uma proposta original ao combate.

No entanto, o ritmo das lutas, o excesso de texto no modo história e a ausência da saga final do anime pesam um pouco contra. Ainda assim, com a promessa de mais conteúdo e atualizações, o jogo tem potencial para crescer — e ser tão memorável quanto os momentos do anime.

 

Review - Bleach: Rebirth of Souls

Fidelidade aos personagens e estilo visual do anime - 8.5
Recontagem da história clássica com boas cutscenes - 8
Sistema de combate com proposta interessante e mecânicas únicas - 8
Boa variedade de personagens jogáveis - 8
Ritmo de combate lento em comparação com outros jogos de anime - 7.5
Modo história cansativo em alguns momentos - 6.5
Cenários com texturas abaixo do esperado - 7
Não inclui a saga final do anime (por enquanto) - 6.5

7.5

Muito Bom!

Bleach: Rebirth of Souls é um retorno sólido, mas ainda precisa evoluir — o verdadeiro Bankai está próximo, mas ainda não foi liberado.

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Eduardo Lino

Eu sou o criador do Site Gamer Spoiler. Jogo video-games desde sempre, atualmente tenho um Nintendo 3DS, um Nintendo Switch e um Xbox One. Apaixonado por animes e Cachorros. Quem quiser me add na Live: EDU4RDO_H

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