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Review – The Precinct

Sabe aquela nostalgia gostosa dos primeiros Grand Theft Auto, lá da época do PS1, com a câmera lá no alto, mostrando o caos da cidade de cima? Pois é, parece que a galera da Fallen Tree Games (que já nos trouxe American Fugitive) também curte essa vibe. Eles se juntaram com a Kwalee para lançar The Precinct, um jogo de ação e aventura que bebe direto dessa fonte, mas com uma reviravolta: aqui, você está do outro lado da lei, na pele de um policial.

A proposta é interessante: um sandbox policial com pegada neon-noir dos anos 80, misturando simulação com ação desenfreada. Patrulhar as ruas, atender ocorrências, perseguir bandidos em alta velocidade… tudo isso enquanto desvenda uma conspiração. Mas será que essa mistura funciona? Vamos calçar o coturno, pegar o distintivo e descobrir o que esperar de The Precinct.

História…

Em The Precinct, você veste a farda do oficial Nick Cordell Jr., um tira novato recém-saído da academia e jogado direto na linha de frente do combate ao crime na caótica Averno City. A cidade, inspirada na Nova York dos anos 1980 e com uma estética neon-noir caprichada, está mergulhada em corrupção, brigas de gangues e uma criminalidade que vai de infrações leves até crimes graves como tráfico de drogas e assaltos a banco.

Além do trabalho nas ruas, Nick também tem uma motivação pessoal: desvendar o mistério por trás do assassinato de seu pai, um veterano da polícia morto em serviço anos antes. Assim, a narrativa combina bem o cotidiano policial com uma trama de investigação e vingança, no melhor estilo dos filmes policiais clássicos.

De Volta aos Anos 80 (e ao Estilo PS1)…

A primeira coisa que salta aos olhos em The Precinct é, sem dúvida, a perspectiva top-down (visão de cima), bem ao estilo dos primeiros GTA. Essa escolha não é apenas estética — ela define o ritmo e o estilo do gameplay.

Você controla o oficial Cordell Jr. a pé, em viaturas ou até helicópteros, patrulhando Averno City. A jogabilidade mistura simulação policial com ação sandbox: você recebe chamados pelo rádio, como brigas de rua, infrações de trânsito ou assaltos em andamento. A cidade é viva, com ciclo de dia/noite e clima dinâmico (chuva, sol, etc.), o que impacta diretamente a forma como você aborda cada missão.

As perseguições de carro são um dos pontos altos do jogo. A física é mais arcade do que realista, lembrando jogos como Driver, e os cenários são parcialmente destrutíveis. Há suporte tático: você pode solicitar reforços, criar bloqueios e usar faixas de pregos para parar criminosos em fuga.

O combate a pé também acontece na perspectiva top-down. O uso de armas exige cuidado com posicionamento e mira, e o jogo promete penalizar o uso excessivo da força, incentivando abordagens mais táticas e condizentes com protocolos policiais.

Missões e Desempenho..

A rotina em Averno City é agitada. O jogo oferece dois tipos principais de missão: as principais, que avançam a história e a investigação da morte do pai de Nick, e as secundárias, que surgem dinamicamente enquanto você patrulha — desde crimes menores até grandes operações.

Essa liberdade permite que você escolha como jogar: seguir a narrativa ou apenas curtir o caos urbano resolvendo crimes menores e explorando a cidade. As missões de história são mais elaboradas, com tiroteios, perseguições e momentos de investigação. Já os eventos sandbox tendem a ser mais curtos e diretos, o que é ótimo para sessões de jogo rápidas, bem no estilo arcade dos GTAs antigos.

Sobre o desempenho técnico, os relatos iniciais indicavam que a demo tinha alguns problemas de performance, como quedas de framerate e bugs ocasionais. No entanto, a versão final lançada em 13 de maio de 2025 parece ter recebido melhorias significativas. De forma geral, o jogo roda de maneira estável, sem crashes frequentes, com boa otimização nas principais plataformas (PS5, Xbox Series X/S e PC).

Resumo: Vale a Patrulha?

The Precinct chega com uma proposta nostálgica e criativa: reviver a jogabilidade top-down dos GTAs clássicos, mas com uma roupagem policial ambientada nos anos 80. A mistura de ação sandbox, simulação leve e uma trama de vingança investigativa tem charme de sobra — especialmente para quem curte essa estética ou sente falta desse tipo de gameplay.

A cidade de Averno é vibrante, as perseguições de carro são divertidas e o sistema de suporte tático adiciona uma camada estratégica interessante. Ainda que o estilo arcade possa não agradar quem procura uma simulação policial mais realista.

The Precinct acerta ao trazer de volta a diversão caótica dos clássicos GTA, com uma ambientação retrô charmosa e foco no cotidiano policial. As perseguições são empolgantes, o clima neon-noir é envolvente e a jogabilidade oferece um bom equilíbrio entre ação e simulação leve. Se você curte a vibe retrô e está em busca de algo diferente no mundo dos sandboxes, vale a pena vestir a farda e patrulhar as ruas de Averno City.

Review - The Precinct

Proposta nostálgica que remete aos GTAs clássicos - 9.5
Cidade viva com ciclo dia/noite e clima dinâmico - 8.5
Perseguições de carro caóticas e ambientes parcialmente destrutíveis - 8.5
Sistema de reforços e suporte tático bem integrado - 8
Jogabilidade arcade pode não agradar quem busca realismo - 7.5
Missões de patrulha podem se tornar repetitivas com o tempo - 7
Falta de inovação significativa pode incomodar alguns jogadores - 7

8

Muito Bom!

The Precinct acerta ao trazer de volta a diversão caótica dos clássicos GTA, com uma ambientação retrô charmosa e foco no cotidiano policial.

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Eduardo Lino

Olá, Eu sou o Edu! Sou o criador do portal de notícias Gamer Spoiler. Apaixonado por games desde pequeno e jornalista nas horas vagas!

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