Review – The Legend of Heroes: Trails through Daybreak

A série The Legend of Heroes sempre foi conhecida por sua complexidade e pelo volume gigantesco de conteúdo interconectado, tornando-se intimidadora para novos jogadores. Com títulos anteriores como Trails in the Sky e Cold Steel, havia muita discussão sobre qual seria o ponto de partida ideal. Felizmente, a Nihon Falcom ouviu os pedidos de acessibilidade e criou Trails through Daybreak, uma ótima porta de entrada para o universo da franquia. Agora, novos jogadores não têm mais desculpa para não mergulharem nessa jornada épica

História e Ambientação…

Trails through Daybreak se passa na próspera República de Calvard, um país que lidera economicamente e tecnologicamente no universo da série. Você assume o papel de Van Arkride, um “Spriggan” – uma espécie de investigador particular com trabalho ocasional de mercenário. Em um início aparentemente tranquilo, a história dá sua guinada com a chegada de Agnes Claudel, uma jovem que contrata Van para localizar um artefato ancestral que pertencia ao avô dela.

Conforme o artefato é recuperado, Van descobre que ele é apenas um dentre vários itens misteriosos e poderosos que precisam ser reunidos antes que uma catástrofe global aconteça. Assim, a dupla parte em uma aventura épica por Calvard, que combina exploração rica, narrativa intrigante e um tom de investigação noir que é novo para a franquia.

O sistema de moralidade implementado é uma adição refrescante. Como Van, as decisões que você toma afetam diálogos, relações e até alguns eventos importantes da história. Esse elemento adiciona profundidade ao personagem e personalização à narrativa, sem sobrecarregar o jogador.

Agnes Claudel é a nossa cliente. Ela pede ajuda a Van para procurar um artefato antigo que foi de seu avô e depois de recuperar tal item Van descobre que existem outros parecidos e que se não forem recuperados algo horrível vai acontecer com o mundo. Van e Agnes agora partem em uma aventura por toda Calvard para juntar os artefatos.

Jogabilidade…

O combate traz uma fusão interessante de elementos de ação e RPG por turnos. No mapa, é possível surpreender os inimigos com ataques para acumular **STUN**, permitindo iniciar o combate em vantagem ao causar dano geral aos inimigos logo de cara.

No sistema de turnos, o DNA de *Cold Steel* é evidente, mas com melhorias, incluindo mais liberdade de movimentação durante o combate. Isso torna as lutas estratégicas e dinâmicas ao mesmo tempo. É uma evolução gradual e bem-vinda que moderniza o gameplay sem alienar os fãs veteranos.

Apresentação Gráfica e Técnica

O combate do jogo mistura um pouco de ação e RPG em turno mas o foco é de fato os turnos.

Antes do combate você pode bater nos inimigos no mapa até encher uma barra de STUN e quando isso acontecer você faz um ataque na batalha em todos os inimigos. Quando começar o combate em turnos as coisas ficam mais familiares! O sistema todo lembra bastante Cold Steel porém com mais liberdade de movimento durante dito combate.

Trails Through Daybreak é o primeiro jogo da Nihon Falcom na nova engine gráfica da desenvolvedora. Apesar de ser um upgrade bom, não espere uma diferença MUITO absurda em comparação aos jogos anteriores. Ainda bem que a direção de arte e design dos personagens ainda são muito fortes e um dos pontos altos do jogo!

A versão de Switch é bem aceitável também. Com uma performance OK e sem grandes problemas, apesar de que no modo portátil você talvez vá ter um pouco de problema com o texto e UI que não se adaptaram muito bem a tela pequena do console.

Conclusão…

Trails Through Daybreak é um prato cheio para fãs de um bom RPG. Uma história boa, personagens cativantes, som e visual incríveis. Um ponto de entrada incrível para quem antes ficava com medo do monstro que é a série The Legend of Heroes!