RPGs hoje em dia costumam ter histórias bem sérias com tretas de geopolítica, discussões sobre a sociedade que vivemos, guerras e outras coisas bem pesadas, né? Mas há algum tempo, era normal você ter alguns jogos que te faziam lembrar como um mundo bobinho e cômico é legal de se viver também! ‘Rhapsody II: Ballad of the Little Princess’ de 1999 e ‘Rhapsody III: Memories of Marl Kingdom’ de 2000 mostram como a Nipon Ichi era mestre nisso!
No mundo de Rhapsody, os personagens não atacam com bolas de fogo gigantes e bestas místicas monstruosas, mas sim com golpes cômicos, brincadeiras e coisas fofinhas! A história de ambos os jogos é contada com vários musicais (agora o nome Rhapsody faz sentido, né?) e durante toda a duração da aventura, o que o jogo faz é te passar uma atmosfera gostosa, leve e divertida: de um grupo de gatinhos que fazem sorvete com um ingrediente… muito estranho e da técnica secreta suprema de sua personagem ser um graveto; é um humor que parece que foi perdido nos jogos hoje em dia.
Porém, não se engane viu! Pode apostar que algumas partes da historinha vai te dar uns feels e um quentinho no coração!
Uma coisa muito legal da série Rhapsody é que a gente vê o mesmo mundo em vários estados. Em Rhapsody II você vai jogar com Kururu a filha da protagonista do jogo original Cornet. E assim como sua mãe, Kururu também tem o dom de conversar com marionetes (Puppets) e essa é a mecânica principal do jogo: Você vai encontrar vários durante suas aventuras e também pode recrutar inimigos para te ajudar em combate.
O Sistema de combate do jogo abandona o sistema de TRPG de seu antecessor e parte para um sistema de turnos mais tradicional. A dificuldade do jogo é algo bem leve e você provavelmente não vai acabar vendo muito a tela de game over e caso você realmente queira ver a história e o musical tem várias opções de dificuldade também!
Infelizmente, Ballad of the Little Princess é um jogo bem antigo e às vezes isso fica aparente. O jogo não conta com algumas qualidades de vida como mini mapa e um catálogo de side quests, e isso pode te confundir um pouco às vezes, apesar de não ser nada que vá deixar sua aventura ruim
Mas você deve estar se perguntando: E Rhapsody III?
Eles são vários episódios contando algumas aventuras no universo do jogo. O primeiro capítulo, por exemplo, conta uma aventura da protagonista do primeiro jogo: Cornet e sua companheira marionete Kururu (o mesmo nome de sua filha do segundo jogo!). O segundo capítulo é um epílogo de Ballad of the Little Princess, mostrando um pouco mais da vida da princesa Kururu, mas o melhor de todos, com certeza, é o que conta a vida de Cherie, mãe de Cornet. O sistema de combate do jogo também é bem diferente do combate por turnos mais padrão de Ballad of the Little Princess.
Considerações finais
Vocês não sabem o quão feliz eu fico em ver Ballad of the Little Princess em inglês finalmente! E essa série mostra como os desenvolvedores parecem que perderam o humor bobinho e a vontade de criar uma série que só tenta ser divertida e engraçada. Se você quer uma experiência que simplesmente não se vê mais hoje em dia em RPGs Rhapsody: Marl Kingdom Chronicles é um prato cheio!!!
Rhapsody: Marl Kingdom Chronicles
Historia - 8.5
Jogabilidade - 8
Diversão - 8.4
Gráficos e Áudio - 7
8
Legal
Rhapsody: Marl Kingdom Chronicles oferece uma narrativa encantadora e a jogabilidade divertida que nos lembram da magia dos RPGs mais leves. Apesar dos gráficos e áudio um tanto datados, esta é uma experiência que oferece nostalgia e diversão