A EA fez uma aposta alta e tentou alcançar um lugar onde um jogo reina absoluto, Wild Hearts tem pretensões, se arrisca, tem boas ideias e surge como um grande rival de Monster Hunter da Capcom. O game traz monstros ferozes, uma jogabilidade nova e belos gráficos, mas será que o game está à altura da consagrada franquia de caçadores de monstros? É isso que vamos te contar agora!
História…
O game se passa na cidade de Azuma, uma terra belíssima, com florestas verdes, montanhas e lagos, suas construções são inspiradas na época feudal do Japão, tudo muito bonito, porém nem tudo são flores, a terra contém muitos perigos e é alvo dos Kemono, criaturas vorazes que por algum motivo sofrem uma influência do poder da Natureza e se tornam incrivelmente violentas. Esses Kemonos começaram a atacar as vilas, machucando as pessoas e causando destruição por onde passam, as terras uma vez prósperas, sofrem com os ataques das criaturas que fogem do controle, enfraquecem as fronteiras e acabam com toda a prosperidade dos habitantes locais.
É nesse cenário caótico que nosso herói (você!) aparece nas terras de Azuma, um caçador que se torna um fio de esperança na vida dos moradores locais para dar um fim nos Kemonos e restaurar a paz em Azuma. Sua missão é descobrir o que está causando esses ataques e proteger Azuma.
Jogabilidade…
Se você parar para pensar, não é comum encontrar games que bebem da mesma fonte de Monster Hunter, o jogo mais próximo disso é Dauntless lançado lá por volta de 2019, que apesar de bem mais simples, conta com os mesmos tipos de sistema de progressão e recompensa. Wild Hearts não foge muito desse cenário, o game da EA conta com diversos tipos de armas, criaturas de todos os tamanhos para caçar e cada uma é possível construir um set de armadura baseado nelas.
Para o jogador ficar mais forte no game é preciso derrotar os monstros e coletar as partes que deixam como recompensa, dessa forma é possível craftar novas armas e melhorar armaduras para se proteger, receber menos dano ao ser golpeado e sempre buscando melhorar os status de seus equipamentos.
A nova mecânica chamada Karakuri, são espíritos ou energias da Natureza que podem ser usadas para criação de ferramentas que poderão te ajudar na caça contra os Kemonos. O jogador pode manipular os Karakuris para se transformar em caixas, tirolesas, trampolins e até um planador, nesse aspecto eu acho que Fortine foi usado de inspiração, pois é uma mecânica bem legal e útil dentro do game que te permite criar várias oportunidades tanto de dar dano nos monstros como de fugir deles. Vale lembrar que o game possui a opção de Cross play, onde é possível jogar com pessoas de outras plataformas, o que deixa o game ainda mais divertido!
Problemas técnicos…
Infelizmente Wild Hearts sofreu bastante com problemas de queda de frames, bugs e performance, cenários sendo renderizados enquanto caminhamos. Porém não identificamos nada no game que pudesse estar tão pesado assim para que o game não estivesse rodando fluidamente num console de nova geração.
O que parece é que o game sofreu alguma pressão para ser lançado antes da data prevista e com isso ficou faltando os ajustes finais, os jogadores sofreram com uma performance ruim e bugs de travamento nas plataformas atrapalhando demais a jogatina e toda a diversão que o game proporciona.
Resumindo…
Wild Hearts é um game extremamente divertido, traz excelentes gráficos, um design bem legal dos Kemonos, as armas e armaduras são bem construídas, a mecânica dos Karakuris é grata surpresa elevando o nível de jogabilidade do game, porém o game sofre demais com problemas de performance. Quedas de frame são frequentes durante as missões, bugs de travamento e renderização dão a impressão que o game não teve o tratamento que deveria ter tido antes do lançamento. O game ter Cross play é uma ótima opção para todos jogarem juntos…
Nota 7,5
Prós:
Belos gráficos
Boa jogabilidade
Mecânica dos Karakuris
Kemonos são criaturas incríveis
Cross play entre as plataformas
Contras:
Sofre com problemas de performance
Bugs de travamento
Poucos Kemonos pra enfrentar
