A Ubisoft vem acertando bastante nos últimos jogos da franquia Assassin’s Creed, foi assim com Origins e com o maravilhoso Odyssey. A escolha em trazer elementos de RPG ao game mudou muito a jogabilidade se compararmos com os jogos do início da franquia.
Muitos fãs estavam esperando um Assassin’s Creed ambientado no Japão com uma temática mais voltada para os samurais, mas mesmo assim a Ubisoft conseguiu empolgar aos fãs com o anuncio de AC Valhalla e seus Vikings. Mas será que a Ubisoft acertou novamente ou cometeu algum deslize? Chega mais e vem conferir nossa análise e descubra você mesmo.
História…
Durante uma grande confraternização do povo Viking num grande salão, onde estavam todos felizes, comendo, bebendo e cantando. O jogador controla Eivor (ele ou ela, depende da escolha do jogador), uma criança que é filho do líder de um povoado, Eivor estava bem contente com a festa e estava indo receber a honra de ser reconhecido como um guerreiro do rei Styrbjorn. Uma invasão acontece, um Viking rival ataca o local, matando os pais de Eivor, na fuga a criança é resgatada por Sigurd, filho do Rei Styrbjorn e consegue fugir dos bandidos, porem durante a fuga, Eivor cai num rio congelado e é atacado por lobos é onde nossa aventura nas terras gélidas começa.
O jogo…
A Ubisoft é uma empresa que escuta muito sua comunidade, dessa vez não foi diferente, Assassin’s Creed Valhalla recebeu upgrades em relação aos jogos anteriores em relação ao sistema de fortalecimento de personagem, o famoso grinding, onde te obriga a deixar seu personagem mais forte para que ele encare novas áreas do game.
Antes o jogador entrava em algumas fortalezas e o nível dos oponentes estavam mais alto que o seu personagem podia suportar e ser morto com um só hit. Em Assassins Creed Valhalla o jogador só pode acessar as áreas de acordo com a evolução do seu personagem.
Algo que mudou e eu devo confessar que gostei bastante é o fato do game permitir que Eivor pode empunhar duas armas ao mesmo tempo, antes era possível apenas usar uma espada, lança ou machado em uma mão e na outra um escudo.
Outra mecânica legal adicionada ao game foi uma barra de estamina durante a batalha que se enche até razoavelmente rápida, podendo se esquivar com mais facilidade e desferir ataques mais poderosos aos seus inimigos causando mais danos. A arvore de habilidade também foi remodelada, abrindo mais ramificações ao adquirir novas habilidades ou melhorar os atributos de Eivor.
Jogabilidade que já conhecemos…
AC Valhalla ainda conta com seus elementos clássicos, como subir no ponto mais alto para desbloquear certa parte da mata, se esconder em lugares escuros e matas fechadas para ataques furtivos, outro elemento muito utilizado é o pássaro que permite o jogador a enxergar através de seus olhos e pode localizar tesouros e a posição dos inimigos.
Assim como em Origins e Odyssey, Valhalla apesar de terem enormes lagos, mares e rios, não há uma batalha marítima se quer. Sim, as batalhas em alto mar de Black Flag fazem falta. Os barcos vikings aqui apenas te levam de um lado ao outro, o que é uma pena.
Invasões e Assentamentos…
O game te dá a opção de invadir fortalezas ou até monastérios cristãos em busca de algo valioso ou tomar o lugar. É possível invadir com seu exército, matar todos que estão por ali e saquear todo o lugar, como um bom Viking faria, mas pra isso é preciso usar a cabeça, é necessário ser furtivo, como um assassino e abrir o portão das fortalezas por dentro para que seu exército sedento por sangue faça uma baguncinha em terras cristãs e matar o líder.
Mitologia Nórdica não é foco…
A Ubisoft apesar de trazer jogos com temáticas como mitologias, essas sempre estão em segundo plano, a história é focada apenas no personagem principal, com algumas menções aos Deuses Nórdicos e ao Ragnarok, mas não espere confrontos com deuses como em God Of War, onde Kratos chama pro braço os Deuses Nórdicos. Aqui a mitologia fica apenas como um plano de fundo.
Gráficos…
AC Valhalla é um game extremamente bonito, desde os rios, as montanhas gélidas cobertas de neve ou as planícies com o vento batendo no mato. Todo o cenário é bem feito, porém um pouco vazio, apesar do game contar com muitas sidequests, o caminhar até uma fortaleza ou uma caverna em busca de riquezas é bem silencioso por não haver muita vida na região.
O game conta com uma imensidão de itens customizáveis podendo deixar Eivor com diversas armaduras diferentes e criar inúmeras combinações para deixar ele/ela mais forte ou estiloso(a). Todo item equipado é visto nas vestimentas do personagem.
Resumindo…
Assassin’s Creed Valhalla é um prato cheio para os fãs da franquia, o game conta com uma história bacana, uma ambientação nórdica bem fiel, muita customização, muitas quest. Ou seja muitas horas de gameplay. Mas se você é dos fãs das antigas, pode se frustrar um pouco pois há muito da série Vikings e bem pouco do credo dos assassinos.
Nota: 8,5
Prós:
Gráficos
Invasões
Customização
Quantidade de conteúdo do game
Contra:
A falta de batalhas navais
O game pode ser um pouco vazio as vezes