The Crew é game de corrida online massivo de mundo aberto desenvolvido pela Ivory Tower em parceria com a Ubisoft e distribuído pela Ubisoft, com versões para PC (Windows), Xbox ONE 360 e Playstation 4 e 3. A equipe da Ivory Tower inclui membros do estúdio Éden Games, e recebeu assistência da Ubisoft Reflections. Julian Gerighty, diretor criativo, confirmou que o jogo está em desenvolvimento há quatro anos e que começou por ser produzido para a Playstation 3 e Xbox 360, mas quando o estúdio percebeu que o projeto tinha ultrapassado as capacidades destes consoles, decidiram então saltar uma geração.
No entanto, uns meses antes do lançamento, foi confirmado que The Crew seria portado para Xbox 360 e não para Playstation 3 ou Wii U, isto porque a consola da Microsoft é mais parecida “com a infraestrutura técnica da nova geração”, segundo explicação dada pela Ubisoft. O Polygon, um site da especialidade, descreveu o jogo como um esforço da Ubisoft “de criar uma brecha no domínio da série Need for Speed nos jogos de corridas arcade.” Em 21 de Julho de 2014, a Ubisoft lançou uma beta fechada para The Crew no PC e por tempo limitado. A beta permitia aos jogadores jogar um pouco das missões de história que ocorrem em Midwest e na Costa Oeste e também dava a possibilidade de conduzir livremente por todos os EUA. A segunda beta fechada para PC ocorreu de 25 a 29 de Agosto de 2014. A primeira beta para Playstation 4 e Xbox One começou a 30 de Setembro, e a segunda de 6 a 10 de Novembro de 2014.
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Uma outra beta para os membros da Xbox Live e da Playstation Network ocorreu de 25 a 27 de Novembro de 2014. Em resposta ás inúmeras críticas que houve no lançamento de outro jogo da Ubisoft na mesma altura (Assassin’s Creed: Unity), Serkan Hasan, produtor de The Crew, em entrevista ao The Metropolist disse que tem “confiança na estabilidade do jogo e no seu desempenho”, que será 1080p na resolução e 30 FPS por segundo na fluidez, “com o The Crew aproveitamos os benefícios de um programa beta de longo prazo, desenhado especificamente para testar ao máximo a infraestrutura em situações reais, com milhares de jogadores de todo o mundo a jogar ao mesmo tempo.
Mais um game que gerou inúmeras expectativas e promessas antes do lançamento apresentou um a proposta um pouco diferente do já visto, mas falhou em execução de vários pontos. Mas vamos ao enredo: O jogo possui uma história que parece ter sido inspirada na franquia Velozes e Furiosos, ou seja, gangues do gueto (com personagens com suas dublagens bem no estilo “nigaa joe”), som alto, mulheres mecânicas gostosas e de língua afiada e nada demais, nada já não visto. Alex Taylor (o personagem principal) é incriminado falsamente pelo assassinado de seu próprio irmão por um agente do FBI corrupto chamado Coburn e um outro delinquente chamado Dennis Jefferson também conhecido como Shiv líder da gangue 510, passando com isto cinco anos na cadeia.
Agora, uma agente chamada Zoe necessita da ajuda de Alex em troca de sua liberdade e de suas habilidades ao volante de um carro para se infiltrar na gangue, expor o agente corrupto e derrubar o 510 de uma vez por todas e blá blá blá. Uma história bem clichê contada muitas vezes em diálogos durante uma missão ou enquanto você dirige, o que faz você prestar ainda menos atenção, mesmo estando com legendas em português como os diálogos estão em inglês, ao menos que você conhecimento para entender estória será mero pano de fundo. As dublagens dos personagens principais (principalmente Alex e Zoe) são bem razoáveis, mas de personagens menores e terrível e bem caricata.
No quesito som o jogo agrada bastante o som das máquinas e motores, arrancadas e freadas é bastante convincente, o efeito sonoro passando por um rio o som da água é muito bom. Um dos que mas gosto é quando um avião dá um rasante perto do carro, muito bom. As músicas são boas mas poderiam ser um pouco melhores. Temos rádios para selecionar (mas não há programação de rádio, apenas as músicas mesmo) com diversos ritmos: rap, hip-hop, rock, clássico, pop e existe uma rádio onde podemos colocar nossa playlist. No quesito músicas achei que faltou algo mais, digamos um rock meio-clássico meio-country, uma típica música para pegar a estrada (que é um dos pontos altos do game e o que muito se fará nele).
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No quesito gráfico (que foi muito aguardado) não existe NADA de espetacular. Ao correr em alta velocidade os gráficos tem uma boa aparência e um a boa sensação velocidade. Mas ao andar devagar ou mesmo com um parado é possível notar um alto grau de serrilhado e falta de detalhes. Existe uma boa variedade de danos ao carro, porém como todo o resto do gráfico nada de impressionar, na verdade por conta de certos exageros (e alguns bugs…) é possível quebrar o para-brisas, amassar o capô todo, cair o para-choque ao atropelar um cone de sinalização! Talvez o tamanho do mapa ENORME do mapa possa ter “puxado“ para baixo o nível dos gráficos para baixo, porem ambientação um pouco repetitiva (exceto perto dos pontos turísticos) como latas de lixo, remendos na pista, pedestres sem vida e “inatropelaveís” (mesmo que seja necessário entra na parede, no chão, voar e etc.) o fato de quando há um grande número de carros por perto eles são “clonados”.
Tipo você passa em trecho com uns 15 carros, parados no sinal. Quando tem essa quantidade na tela você percebe que as vezes TODOS os carros são o MESMO modelo, alterando só a cor. A ambientação é boa muito convincente em vários locais como MIAMI, NOVA IORQUE e principalmente perto de pontos turísticos, mas devido a imensidão do mapa há vários locais repetitivos demais Resumindo os gráficos: ele poderia ser perdoado devido ao tamanho do mapa, se não fosse uma ambientação um pouco repetitiva e preguiçosa em alguns locais e uma grande quantidade de bugs (que veremos daqui a pouco).
No quesito jogabilidade The Crew é um jogo de corrida arcade, com uma pitada de “RPG” (talvez por tentar ser um MMO de carros). Sim RPG. Os carros em The Crew possuem level que aumentam com o level do corredor e com peças que são ganhas em corridas, teste de habilidade espalhados pelo mapa e compradas na loja. As peças são definidas por seu level e classe (gold, silver e bronze). Mas nada de interessante aki. Apenas equipe as melhores e de mais nível sem truque nenhum. Na verdade é até meio estranho equipar uma peça de freio e ganhar bônus de aceleração…
Os comandos são simples como em qualquer jogo de corrida, os carros a maioria obedecem muito bem, porém com sua jogabilidade arcade não é possível sentir muita diferença entre um carro e outro. O ponto ruim da jogabilidade é a física, sobre tudo no sistema de colisões. É impossível prever como o carro se comporta em uma colisão. Seja ela lateral, frontal ou traseira. Às vezes você trisca uma árvore e nada acontece, ou você até atravessa. Outra vez você vai cortar uma curva por cima da calçada e simplesmente bate na calçada como se fosse um muro de 2 metros ou pula a uma altura como se fosse uma rampa. Ou mesmo vai travessar uma cerquinha de madeira e ela é na verdade feita de adamantium e você explode na cerquinha da fazenda.
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The Crew possui um catálogo de quase 50 carros disponíveis, pouco para um jogo de corrida (alô Gran Turismo > 1200) que podem ser classificados em STREET, DIRT, PERFORMANCE, RAID e CIRCUIT. Cada um deve ser usado em uma determinada situação/terreno, porém todas as missões do modo story são presas a um determinado tipo de carro para cada missão, assim como vários eventos e PVP’s.
A personalização dos carros (no melhor estilo NFSU) é bastante variada e bacana. Na verdade algumas peças os detalhes são tão mínimos que nem dá para notar. As pinturas e adesivos são com certeza a melhor parte da personalização, muitas e ótimas opções para escolher, porém a maioria muito cara. Por falar em caro, vamos a um assunto que em nada me agradou. Em The Crew existem duas moedas: os Bucks, dinheiro normal do game conseguido em corridas, desafios, manobras e etc. e os Crew Points comprados com dinheiro real (sim cash). Eu não acredito que em jogo que custa a versão standard em torno de R$100,00 exista cash. E como em todo jogo que existe cash, para você comprar qualquer coisa sem ele você vai precisar gastar muitas horas de jogo para juntar dinheiro, pois os itens tem um custo muito alto em Bucks.
A IA dos corredores bots adversários é totalmente estranha. Carros tem surtos de velocidade e lentidão várias vezes na corrida. Um exemplo bem claro é nas corridas onde você tem que destruir o alvo. Logo no início (caso você esteja com um carro de level próximo do requisito desta corrida) é impossível pegar o fugitivo, e logo depois, mesmo sem ele sofre qualquer tipo de acidente ou mesmo errar você consegue alcança-lo para uma batida, depois ele tem outro surto de velocidade e você tem que esperar outro ponto de desaceleração do inimigo.
E agora vamos falar sobre os bugs. The Crew tem uma extensa lista de bugs. Entre os mais comuns são referentes a colisões onde carros são arremessados para a Lua, rodopiam igual peão ou atravessam paredes, chão, árvores. Existe até alguns vídeos onde é possível ver uma “exploração subaquática” em The Crew. Mais com certeza os bugs mais irritantes são os que afetam o progresso. Vou dar um exemplo que aconteceu comigo em uma jogada: visitei uns 10 locais de panorama, destravei 3 torres de sincronização (é você achou que não ia ter isso num jogo da Ubisoft) e achei 2 peças do carro escondido. Fiquei 1 dia sem jogar e puuf! Todo esse progresso perdido. E de lascar de raiva (FUUUUU!!). E também tem os vários bugs referentes a lags e problemas de conexão, que não pode cair um momento se quer, podendo interromper aquela corrida que estava no papo por que a sua conexão caiu (ou do próprio servidor do game).
Falando nisso o modo multiplayer (grande foco do game) ainda possui vários erros de conexão e lags que devem ser corrigidos através de atualizações. No momento jogar multiplayer pode se mostrar frustrante. Na verdade recomendo o multiplayer somente para no caso de se jogar com amigos, por que os servidores, como eles separam os players por região, ping e etc. ainda estão bastante vazios. É difícil jogar um coop com desconhecidos, devido a servers vazios. Quem saber quando corrigirem os problemas nós poderemos ver mais players em uma mesma sessão.
Resumindo The Crew é sim bom jogo jogo tem uma proposta quase que totalmente inovadora e teve muita ambição com seu IMENSO mapa dos EUA e apesar de seus problemas pode ser recomendado. Talvez se tivesse sido polido por mais alguns meses poderia ser o que todos realmente esperavam.
PRÓS:
Mapa completo dos Estados Unidos
Belos detalhes e ambientação de vários locais
Muitas áreas para explorar
Algumas corridas são bem interessantes
Check-ins contam curiosidades reais de centenas de locais
Detalhes incríveis da parte mecânica dos carros na garagem
Sistema de iluminação
Proposta inovadora em vários pontos
CONTRAS:
Crew com apenas 4 membros
História dispensável
Poucos carros para um mapa tão grande
Sistema econômico é ridículo (cash)
Problemas de servidores
Tunagem precária
Visual com falta de capricho e preguiça em vários locais
Bugs, bugs e bugs… (Skyrim que se cuide…)
NOTA: 7,0