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Esse é Old School – EarthBound (Mother 2)

E ai, pessoal! Iniciamos hoje a seção “Esse é Old School” só com o melhor do RetroGaming, para relembrar os bons e velhos clássicos dos games! Pra iniciar esta seção, nada melhor que um jogo bastante controverso na época que foi lançado e tendo o Last Boss que até hoje é considerado como um dos mais controversos de todos os tempos: EarthBound.

Este RPG foi lançado pela Nintendo em 1994 no japão com o nome de Mother 2, dando sequência ao primeiro jogo da série que datava de 1989 (Ano que Mother, ou EarthBound Zero como ficou conhecido no ocidente, foi lançado), criado por Shigesato Itoi. EarthBound conta a história de um garoto chamado Ness que reune mais 3 amigos para salvar o mundo da destruição pelas mãos de um alienígena chamado Giygas.

AVISO: ESTE POST CONTEM SPOILERS SOBRE O JOGO.

De início o jogo é bem inocente, tendo temáticas leves, um ar divertido e coisas completamente nonsense (como inimigos extremamente bizarros, por exemplo. Afinal, em que jogo você veria um chefe com o nome de “Big Pile of Puke”[Grande Monte de Vômito] ou um rato com o mesmo sorriso bizarro que o Gato Sorridente de Alice no País das Maravilhas?).

O jogo é passado em um clima divertido, onde você encontra quatro personagens: Ness, um garoto de boné vermelho e camisa listrada amarela e azul que adora baseball e mora na cidade de Onett, Paula, uma garota loira que ajuda um lar de órfãos na cidade de Towsen, Poo, um lutador de Kung Fu e Jeff, um pequeno prodígio que ajuda seu pai, o Dr. Andonuts, a criar as mais variadas máquinas.

As batalhas seguem um sistema único, caracterizado por um contador de HP que é parecido com um odômetro e tendo uma característica única em jogos de RPG: Você pode salvar a vida de um personagem, usando itens de Healing nele antes do contador chegar a zero ou sobreviver a um ataque mortal matando todos os inimigos antes que seus pontos de vida cheguem a zero.

Conforme o jogo vai passando e você vai se acostumando com as bizarrices do jogo, chega a hora da cartada final, o grande embate que irá definir todo o destino da terra e do Universo. A batalha com Giygas. O diferencial aqui é que Giygas não é simplesmente um chefe qualquer, e a única forma de matá-lo não é atacando-o diretamente, mas sim através da fé. Sim, DA FÉ, eu não falei errado. Você tem que REZAR para matar Giygas. Literalmente.

Falando sobre Giygas, a cena da batalha final é a seguinte:

Os heróis retornam ao passado graças a máquina do tempo construída pelo Dr. Andonuts, retornando a um passado remoto quando Giygas ainda estava encapsulado na Devil’s Machine. Ao chegar no que seria a Devil’s Machine, Porky Minch aparece na frente dos heróis e os chama para um duelo, alegando que Giygas não é mais simplesmente maldoso, mas sim “O mal propriamente dito”. Feito isso, os heróis derrotam Porky, que desliga a Devil’s Machine, libertando Giygas que destrói seu corpo e sua mente no processo, transformando-se em uma forma bizarra e incompreensível. Abaixo, segue a batalha (Dividida em 2 partes):

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“Please, give us strenght… if possible… please… somebody… help us!” (traduzindo: “Por favor, nos dê forças… se possível… por favor… alguém… nos ajude!”)

Como eu havia dito, o único jeito de matar Giygas é tendo fé. Com Paula, você precisa rezar para que os habitantes de todas as 8 localizações que você passa (chamados de “Your Sanctuary”) possam ouvir suas preces e então começarem a fazer preces para ajudar os personagens na batalha derradeira.

A situação fica cada vez mais desesperadora, no momento em que as preces de Paula não chegam a ninguém e são devoradas pela escuridão. Mas, com insistência, as preces voltam a ser ouvidas, finalmente destruindo Giygas e encerrando o jogo com um final feliz.

Uma curiosidade sobre este chefe é que ele foi baseado em um trauma de infância do seu criador. Tudo isto por que ele entrou em uma sala de cinema errada quando criança, viu uma cena do filme “Kenpei to barabara Shibijin” (Traduzido no inglês como “The Military Policeman and the Dismembered Beauty” e ao pé da letra para o português como “O Policial Militar e a Bela Esquartejada”) que era uma cena de estupro a beira de um rio. Segundo o próprio Shigesato Itoi, quando o homem apertou o seio da mulher, ele formou uma bola e aquela imagem ficou gravada na mente de Itoi, que “reproduziu” o formato no Giygas.

O curioso é que não existe cena de estupro no filme, mas sim uma cena de assassinato a beira do rio, onde o militar insinua uma cena de sexo com a mulher (insinua, não há sequer nudez na cena) e enforca a mesma, assassinando-a. Ou seja, toda a cena de estupro deve ter vindo da fértil mente juvenil de Itoi (Caso queiram procurar no Youtube, o link é este).

Em resumo: O jogo é excelente e, apesar de ter sido feito em 1994, continua sendo uma das histórias mais bem contadas já feitas no mundo dos games, com um plot de deixar qualquer gamer de cabelo em pé. Se vale a pena jogar? MUITO. Corra para uma locadora, tire IMEDIATAMENTE toda a poeira de seu Super Nintendo e jogue este jogo COMO SE NÃO HOUVESSE AMANHÃ!

Fonte: wikipedia.org (Em Inglês)

Gostaria também de agradecer ao 00Agente do passagemsecreta.com pela matéria excelente falando sobre o Giygas de Mother 2.

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