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Review – Raise of Tomb Raider (PC)

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Olá pessoal hoje lhes trago Rise of the Tomb Raider. Produzido pela Crystal Dynamics (PC e XBOX ONE, a versão de 360 foi produzida pela Nixxes Software) e distribuído pela Microsoft Studios (XBOX ONE e 360) e Square Enix (PC), após o reboot de sucesso da saga ela, uma das mais famosas “Girl Power” do mundo dos games está de volta: Lara Croft retorna em grande estilo para sua segunda aventura de sua nova trilogia. Após (um novo… rs) reboot da saga visto em Tomb Raider 2013, onde vemos uma Lara inexperiente e insegura, nesta aventura vemos uma Lara que ainda comete erros, mas sem choro (SAM, SAM !!!), sem frescura e muito decidida no que faz. Realmente essa nova saga veio para dar um foco grande na personalidade e construção dela.

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Depois de sua experiência com o supernatural em Yamatai, suas descobertas foram abafadas por uma organização chamada de A Trindade. Essa organização de cunho fanático existe há vários séculos, com o intuito de e manter em segredos e artefatos de místicos (teve uma pegada de “Priorado de Sião” nessa ideia na Trindade). Para provar que não está louca e para honrar a memória de seu pai, Lara fica obcecada em encontrar as verdades sobre os mitos por todo o mundo. Antes de falecer, o pai de Lara estava a pesquisar a lenda de Koschei o Imortal, e a partir das suas notas, Lara se dirige à tumba do profeta, onde descobre que havia um símbolo na tumba que seu pai nunca descobrira. Este símbolo se referia à Kitezh (ficou como Kitej, na tradução PT-BR), a cidade perdida, em algum lugar da Sibéria. Lara parte para a Sibéria em companhia de seu amigo Jonah Maiava, acredita que em Kitej encontrará a Fonte Divina, um artefato que seu Pai procurou por toda a vida, e que garantiria a quem o olhasse a Imortalidade.

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No quesito enredo, conforme visto na sinopse, o enredo por si só de Rise of Tomb Raider não é algo muito profundo ou algo muito inovador, existem sim suas reviravoltas e surpresas, apesar de algumas um pouco óbvias. Na minha opinião, as melhores partes em si, são duas: 1° nos flashbacks e monólogos de Lara enfrente a fogueira. É nessas ocasiões que é possível ver sua motivação em se tornar uma exploradora, como era o relacionamento de proximidade de Lara com seu pai, o Lord Richard Croft, algo que faltou em Tomb Raider 2013 (e na verdade ainda falta esclarecer em seu reboot o que houve com sua mãe). Falando no pai de Lara, recomendo muito que façam a DLC da Baba Yaga, apesar de ser bastante curta, além da própria narrativa sobre a lenda da Bruxa, que é até bem interessante, existe uma cena muito boa com o pai de Lara que vale a pena ser vista. Voltando… O 2° ponto interessante é referente a todos os documentos e relíquias que vão sendo encontradas. Muitos detalhes e curiosidades da história são contadas neles. Se você não os pega, ou não os lê, é como se estivesse pulando alguma página de um livro.

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Apesar de um enredo simples, ele é contado e articulado de uma maneira muito boa. Sua narrativa combina com o ritmo frenético da gameplay, que é ainda maior que no jogo anterior. As expressões faciais são incríveis e aliadas a uma dublagem muito competente, dão o tom emocional muito bom aos diálogos do jogo.

Acho que o pecado mesmo no enredo fica pelo fato de ele apenas fazer referências MUITO pequenas aos acontecimentos de TR2013. A EIDOS se teve o trabalho de realizar um reboot na série, se propôs a realizar uma nova trilogia, e o enredo de RoTR é totalmente alheio a TR2013. É por incrível que pareça, Samantha Nishimura, a SAM SAM!!! (que tem a síndrome de princesa Peach) se quer é mencionada. Acho que o quesito comercial falou mais alto, e a produtora não quis arriscar o fato disso poder afastar novos jogadores. Uma pena.

Segue agora uma ficha sobre os personagens, sem spoilers:

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LARA

Idade: Cerca de 20

Ocupação: Exploradora e Arqueóloga

Lara Croft é legitimamente chamada de arqueóloga e exploradora, mas ela também provou a si mesma ser uma sobrevivente, em primeiro lugar. Bem educada na Inglaterra, ela ainda não estava preparada quando foi para o Triângulo dos Dragões, a bordo de um navio chamado Endurance. A área tinha uma reputação de extremas tempestades violentas e o Endurance naufragou numa ilha chamada Yamatai. Lá, Lara teve que caçar, sobreviver às intempéries e até matar. A experiência fortaleceu-a. Mas também a deixou com muitas perguntas. O pai de Lara, Lord Richard Croft, também era um arqueólogo. Ele era desacreditado na academia pelas suas teorias selvagens, mas o tempo que Lara passou em Yamatai deu-lhe percepção dos princípios do seu pai. Ela também havia sido ignorada e desacreditada, mas ela precisa de saber quem está por trás desses ataques e porque eles lhe estão a perseguir.

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JONAH

Idade: Cerca de 30

Ocupação: Ex-cozinheiro

Jonah Maiava nasceu na Nova Zelândia, embora tenha sido criado, pela sua avó, no Hawaii. Ele passou parte da vida no serviço militar, e é por isso que ele é um sujeito muito difícil quando ele tem de o ser. Ele foi dispensado depois de ser ferido na linha de serviço, mas ainda leva uma vida muito ativa. Jonah tomou uma posição a bordo do Endurance, atuando tanto como primeiro marinheiro, como cozinheiro. O acidente do Endurance e os incidentes que se seguiram foram angustiantes para todos a bordo do navio, mas Jonah ultrapassou esse pesadelo muito melhor do que a maioria. Ele ainda é próximo de Lara e está mais do que disposto a acompanhá-la enquanto ela tenta descobrir o significado mais profundo do que viu no Triângulo dos Dragões.

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ANA

Idade: Cerca de 40 anos

Ocupação: Financeiramente Independente

Ana Croft é a madrasta de Lara. Ela ficou viúva quando Lord Croft tirou a própria vida e manteve-se uma figura muito importante na vida de Lara. Embora ainda jovem, a sua saúde tem-lhe vindo a incomodar recentemente.

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KONSTANTIN

Idade: Cerca de 40

Ocupação: Agente da Trindade

Konstantin é um líder poderoso dentro da Trindade. Esta organização secreta procura descobrir relíquias potentes e destruir qualquer um que se atravesse no seu caminho. É provável que eles tenham agido para encobrir tudo o que aconteceu com Lara durante o incidente em Yamatai, e ainda podem estar de olho nela até agora.

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JACOB

Idade: Desconhecida

Ocupação: Remanescente

Os Remanescentes são um grupo perdido de pessoas que sobrevivem nas profundezas do deserto gelado da Sibéria. Pouco se sabe sobre eles, Jacob é um membro importante da sua comunidade.

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SOFIA

Idade: Desconhecida

Ocupação: Remanescente

Sofia é uma jovem que luta para proteger o povo remanescente de quaisquer invasores estrangeiros. Com a Trindade na área, é provável que ela tenha muito trabalho a fazer.

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No quesito jogabilidade, temos aqui um ponto que tem gerado muitas divergências de opinião. Alguns acusam a produtora de ficado muito na zona de conforto do sucesso e a criticaram pela falta de inovação, e na verdade discordo um pouco. Várias mecânicas foram reaproveitadas do jogo anterior, (afinal em time que está ganhando não se mexe) apenas mais polidas/detalhadas, como a movimentação da Lara. O que Lara tinha os mesmos movimentos em TR2013, ela agora os executa com mais quadros, suavidade, plástica e realidade no movimento. A uma sutil e incrível melhoria neste aspecto. Como dito a movimentação é mesma do jogo anterior, então podemos andar, correr, pular, escalar paredes específicas com o uso da machadinha/picareta “mil em 1”, nadar, usar tirolesas, arrastar objetos específicos e etc.

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Neste jogo também andamos com o arco e flecha (que possui munições de veneno, fogo e explosivas), com rifle, com espingarda (shotgun) e 1 pistola (ainda não temos suas icônicas pistolas duplas PQ EIDOS? T_T). A diferença é que aqui possuímos algumas variedades dessas armas, onde só podemos trocar na fogueira, que é outro item que ficou. Na fogueira, além de salvar e fazer fast-travel pelo mapa, nós podemos dar upgrade na árvore de habilidades de Lara, que se dividem em: Lutadora, Caçadora e Sobrevivente. Ainda nela podemos fazer upgrades também nas armas e em suas bolsas de munições e recursos. Agora no jogo existe uma mecânica nova de crafting e coleta de recursos variados, parecido com FAR CRY. Agora você pode coletar frutas, cogumelos, tecido, madeira, minérios, fragmentos, peles de animais entre outros. Esses recursos coletáveis servem para, além dos já mencionados upgrades, servem para fabricar medkits, munições especiais, podem ser guardados para fabricar novas roupas para Lara, que agora conta com muito mais roupas, algumas garantem até benefícios extras, como carregar mais munição, mais resistência a dano, melhoria na habilidade de coleta e etc. Esses recursos também servem também para aproveitar uma nova habilidade da Lara: agora ela pode fabricar bombas e coquetéis molotovs com latas e garrafas que ficam espalhados pelo cenário (e como tem lata e garrafa espalhada em templos e catacumbas…)

Os inimigos principias do game novamente são humanos, mais precisamente agora o exército da Trindade. Há também os animais, que se dividem em passivos (como pássaros, coelhos, ratos e cervos) e os agressivos (como tigres, leopardos e ursos). Os humanos novamente têm um papel muito bom em sua IA. Eles dão cover em lugares corretos, se comunicam para tentar flanquear e intimidar, usam granadas para retirarem Lara da posição de cover, sentem dor quando levam tiro e reagem a eles, dependendo do local do tiro, tipo leva um tiro na perna manca, leva no braço e põe a outra mão em cima, começam a corre e se esconder e implorar quando estão perdendo. Aproveitado este espaço, o game oferece bem mais vezes a oportunidade de passar pelos locais de forma stealth. Lara também possui um novo cartel de finalizações silenciosas e de combate (a finalização de combate do rifle é realmente muito boa) e tem o auxílio da latas e garrafas, que também servem como objeto arremessáveis de distração.

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Se ficaram muito boas reações da IA humana, o mesmo não é possível se dizer dos animais. Com os animais passivos às vezes mata uma galinha no meio de várias outras e as outras se quer percebem. Os agressivos são rage total. Eles vão para cima sem hesitar, levam tiros sem esboçar nenhuma reação, pelo contrário, contra o urso depois de ele levar muito tiro, ele para, fica de pé e rosna. Parece que ele quer dizer: Nem doeu, é tudo o que você tem?

Um último recurso coletável ainda não mencionado foram as moedas bizantinas. Elas estão espalhadas em vários locais, algumas enterradas no chão. Eles servem para comprar equipamentos, armas e upgrades com um vendedor no jogo (welcome stranger…)

O gameplay do jogo, assim como seu antecessor, é focado mais na ação que nos puzzles. Durante a história apareceram poucos puzzles e de dificuldade mediana. Os grandes desafios de puzzles ficam mesmo, novamente, para as tumbas opcionais. Com um total de 9 tumbas que envolvem raciocínio, velocidade e timing, aqui temos um bom nível de dificuldade, nada que o “instinto de sobrevivente” não resolva. Para estimular aos jogadores que façam as tumbas, os desenvolvedores adicionaram uma recompensa mais atrativa a elas. Agora ao invés de apenas ganhar XP e fragmentos, quando se completa uma tumba, ganha uma skill especial nova, que não pode ser desbloqueada de nenhuma outra forma, somente completando a tumba. É interessante também observar que a skill que você ganha, tem algo de incomum com a tumba completada. Exemplo: na tumba da mina de ouro, você ganha a habilidade de minerar ouro (material necessário para upgrades finais em armas e confecção de certas roupas).

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Neste game, além das tumbas e criptas, há também missões secundárias, onde você ajuda os habitantes locais pela sobrevivência e luta contra o exército da Trindade. Além delas há também vários desafios opcionais, como queimar cartazes, cortar bandeiras, quebrar rádios transmissores e etc.

RoTR tem uma dificuldade bem amena, os jogadores que terminaram o jogo anterior ou os mais hardcore, não só podem, mas devem começar o game na dificuldade hard, ou até maior.

Em RoTR o modo multiplayer, que foi muito pouco explorado e utilizado em TR2013, acabou sendo extinto. Agora, além das DLC’s, como alternativa de extensão da aventura existe o modo expedições. Neste modo nós podemos jogar novamente as fases com modificadores que são colecionados em forma de cards. Flechas de fogo infinitas, munição infinita, Lara cabeçuda, inimigos cabeçudos, morte somente em stealth e etc. Rise deve durar em torno de 12 horas, focado só na campanha, um valor aproximado de TR2013, porém com todas os opcionais, deve render quase 35 horas de jogo.

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No quesito som temos um bom trabalho de um modo geral. Todos os sons cenário e das peças se movendo, é tudo muito realista. Nas fases de floresta o som da rica fauna envolve bastante, ao ponto de se saber que tipo de animal tem no entrono, mesmo sem o ter visto ainda. Sons da água, quando você mergulha e nada nela é outro destaque. Mas entre som de tiros, explosões, helicópteros e etc., vale destacar bem o som do vento. Ele é magnífico, a aliado a forma com que roupas, cabelo e corpo do personagem se move, realmente um detalhe a ser apreciado.

Falando em som, finalmente, após praticamente 20 anos de Tomb Raider, Lara Croft está falando em pt-BR. Sim o jogo está totalmente traduzido para português, e o estúdio Maximal reuniu um elenco excelente para o cast de vozes da versão brasileira do jogo. Lara está praticamente perfeita para o papel com a voz de Fernanda Bullara, que se diz extremamente fã dos jogos da franquia e da personagem. Sem falar da nossa querida amiga Beatriz Meinberg Vila, que empresta a sua voz para Ana, uma personagem de extrema importância para a trama de Rise of the Tomb Raider. Todo o trabalho de dublagem deste jogo demonstra que somos muito fortes neste meio, desde que as pessoas contratadas para isso sejam realmente dubladores, saibam o que estão fazendo, dando o tom de voz perfeito em todas as situações (ou eu vou equalizar sua cara…). De um modo geral, todas vozes se encaixam muito bem, mas deixo aqui minha preferência pessoal: a voz do Lord Croft tem um destaque especial. Realmente quando ele fala parece um lorde inglês falando.

E, finalmente chegamos aqui, no quesito gráficos. Esse, junto com sua fluida jogabilidade, é o ponto de destaque no jogo. Os gráficos são simplesmente incríveis. A neve, os galhos balançando, o vento nas roupas e cabelos. Simplesmente tudo e lindo e bem feito. Os cenários, há os cenários. Com uma ambientação variada, os interiores de tumbas cheias de corpos e esqueletos, o ambiente de neve que inclusive pode chegar perto nível da cintura dificultando a caminhada, os bosques mais quentes. Logo no início quando achamos a tumba do profeta, o visual é de cair o queixo. A água, as luzes e sombras, o raios e sombras, os raios de sol penetrando na caverna. É tudo muito lindo de ver.

As expressões faciais dos personagens também são um destaque. Elas estão incríveis, dão aquela dose de emoção e adrenalina quando a narrativa pede.

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E repetindo o sucesso de seu antecessor, o cabelo de Lara é de novo um dos pontos altos nos gráficos. Agora ele além de reagir ao vento, ele reage a neve, onde é possível notar flocos de neve se prendendo aos poucos no cabelo. Ele também reage muito bem a água. Enquanto ela está nadando ele se move ne maneira muito fluida, e assim que ela sai da água ele mexe no cabelo para se ajeitar e é possível notar ele mais escuro e molhado.

Falando nisso, ela além de ficar molhada, agora fica também com a roupa coberta de neve em uma tempestade. E ela reage com frio quando sai da água gelada ou passa uma borrasca forte, e reage ainda mais vezes ao frio, caso você esteja usando uma roupa que não seja um de seus casacos.

Outro fator é fato de que os mapas, apesar de ainda contarem com quebras e limitações, alguns cenários em específico são tão grandes, bem detalhadas e com grandes efeitos de profundidade, que dão a impressão de que se trata de um mapa de mundo aberto.

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Realmente tudo muito lindo. Vou parar por aqui, pois se não fica chato.

No quesito bugs, aqui temos mais um ponto positivo no game. Simplesmente não presenciei nenhum. Já no quesito otimização da versão PC, uma boa é má notícia. A má notícia é que assim que comecei a jogar, logo no dia do lançamento, a otimização estava terrível e fiquei jogando por vários dias dessa forma, com quedas constantes de quadro. A boa notícia é que esses problemas já foram corrigidos com uma atualização, tanto por parte da Crystal Dynamics, quanto por parte dos drivers da NVIDIA. Uma pena, mas infelizmente este tipo de problema está se tornado comum hoje em dia, sempre há uma plataforma há uma plataforma onde jogo não sai 100%.

Resumindo: Rise of Tomb Raider veio para agradar aos fãs do jogo anterior, ao mesmo tempo que traz Lara para nova geração de games. É um excelente jogo de ação de tiro/ação com pitada de exploração, um trabalho de dublagem muito competente e belíssimos gráficos. É parada obrigatória para os fãs da série

Notas:

Gráficos = 10

Som = 10 (Dublagem = 9,0)

Desafio = 8,0

Jogabilidade = 10,0

Duração e replay = 9,0

Diversão = 10

 

Eduardo Lino

Eu sou o criador do Site Gamer Spoiler. Jogo video-games desde sempre, atualmente tenho um Nintendo 3DS, um Nintendo Switch e um Xbox One. Apaixonado por animes e Cachorros. Quem quiser me add na Live: EDU4RDO_H

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