Review – Resident Evil 6

Bom, Resident Evil é dividido em duas fases: Survivor(RE 1, 2 e 3) e “pós”Survivor (RE 4 , 5 e 6). Os Fãs são divididos da mesma forma. Se você faz parte do primeiro grupo, passe longe desse jogo. Simples assim.

Sou fã fervoroso da série, e gosto de praticamente todos os jogos da série (exceto os Spin-off). Mas todos sabem que evoluções são necessárias e quando bem feitas são mais do que bem vindas. Evoluções essas que foram aproveitadas em jogos como “Mass Efect” e “Gears of War”.

Também torço meu nariz para o RE 5, como a maioria dos fãs , porém, não pelo gameplay e outros fatores, mas sim por este ter sido um sucessor do maravilhoso RE4…Falhou miseravelmente nesta tarefa. Seria um bom jogo se não tivesse a “carga” do nome Resident Evil. Depois da CAPCOM, falhar com as promessas de melhorias no RE5, o peso em RE6 era enorme! Resident Evil 6 eleva os controles de RE4 a perfeição, esse é o ponto mais forte do jogo, porem todo o “brilhantismo” exibido em RE4 não foi repetido.O problema do jogo é que a proposta era de se fazer um jogo “Épico” e isso simplesmente não ocorreu.

A CAPCOM Tentou agradar a todos os fãs nesse novo jogo da franquia, mas em minha opinião, poderia ter feito isso apenas com a campanha do Leon S. Kennedy (velho conhecido dos fãs da série). Ela possui todos os elementos necessários para agradar a todos os fãs: Zumbis, momentos de tensão (tente não ficar tenso na parte dos trens), roteiro de filme B característico da série e momentos de ação desenfreada.

“A CAPCOM Tentou agradar a todos os fãs nesse novo jogo da franquia, mas em minha opinião, poderia ter feito isso apenas com a campanha do Leon S. Kennedy.”

A campanha do Leon S Kennedy é a mais saudosista do game, marcada com os adorados zumbis, Puzzels, e varias cenas que lembram os outros títulos da série. Leon ainda faz o tipo” galã de filme de Hollywood”, e carismático como sempre. A personalidade dele permaneceu inalterada em relação aos outros títulos e isso é muito bom. Helena Harper é a companheira de Leon no game. É uma personagem interessante até o final do segundo capítulo, depois, fica ofuscada por Leon.

A campanha do Chris é praticamente uma sequência do tão mal falado RE5 elevado ao extremo. Ação desenfreada, muitos tiros e uma história que consegue ser mais clichê que todo o jogo. O personagem novo Piers Nivans é um genérico soldado americano. Mesmo com o game tentando colocá-lo como “consciencia” do Chris, soou fraco e vazio no enredo o relacionamento entre os dois… É uma pena que um personagem de tanto nome e historia na série como Chris Redfield, seja minimizado a um “bêbado clichê raivoso”. Claramente ele foi feito nos “moldes Ocidentais”, especificamente para este público. Mesmo sendo de longe a campanha mais fraca (não nescessariamente ruim) tem o melhor final.

A campanha do Jake Muller tenta se aproximar um pouco de RE3 com as perseguições do Ustanak,( mas este não chega aos pés do Nêmesis ) e logo cai na mesma “vibe” da campanha do Chris.O destaque fica pra relacionamento entre Jake e Sherry Birkin(A garotinha filha de Willian Birkin do RE2). Esse se desenvolve de maneira bem tranquila no decorrer do jogo sem “forçar nada”. Jake e Sherry são ambos carísmáticos, te dando vontade de terminar a campanha deles. Jake é o único que pode usar as mãos como arma secundária sem a perda de stamina.

A campanha de Ada Wong é a mais curta do game. Ela possui puzzels e Steath, e com a atualização você pode jogar com um mercenário como ajudante. Ela continua sendo a “gostosa” da série e seu relacionamento com Leon é explorado de maneira mais intensa(na medida em que o Leon avança como uma tartaruga). Uma boa campanha mas realmente pequena.

As campanhas se interligam, dando a oportunidade dos jogadores verem a mesma situação por diversos ângulos diferentes. Esse é um ponto bem positivo do jogo.

Os controles respondem de imediato e a câmera estilo over the shoulder (ou “sobre os ombros”, muito recorrente no estilo TPS moderno) faz bem sua função e foi muito melhorada com as atualizações que saíram. Entre alguns detalhes da atualização está o fato de você poder colocar a câmera da maneira que achar melhor. O jogo é recheado de cenas que lembram vários títulos da série, saudosistas de plantão vão enlouquecer em varias partes do game. O sistema de combate do jogo trás muita liberdade ao game, podendo-se esquivar, andar com a mira em punho, e dar contragolpes. A chance de usar golpes físicos no jogo foi uma grande melhoria: Você possui uma barra de stamina que acaba depois de um tempo usando gopes físicos, mas esta enche sozinha e no modo “Mercenaries” vc a enche mais rapido com provocações. Cada arma da um tipo diferente de ataque corporal, variando muito de personagem para personagem. Cada personagem possui um tipo de arma que quando pressionado o botão certo tem uma segunda função. O “Tiro rápido” é uma função muito boa para o combate: Pressionando os botões de “tiro” e “mira” simultaneamente vc atira no inimigo mais proximo e assim por diante, ate que a barra de stamina acabe. Essa função varia a movimentação dependendo da arma e do personagem. O HUD é customizado para cada campanha e pode ser totalmente tirado da tela, podendo-se jogar com a tela totalmente limpa.

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Como em RE revelations , vc pode andar com a mira. O modo “Mercenaries”(tão conhecido do fãs) esta presente e tras uma diversão a mais ao ser jogado online, mas possui pouca variação de fases sem a compra de DLCS (CAPCOM mercenária como sempre). O modo “Agent Hunt” é uma inovação bastante interessante e divertida , te dando a oportunidade de “azucrinar” outros players online , caçando-os como os monstros que você enfrenta nas campanhas.

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“O problema do jogo é que a proposta era de se fazer um jogo “Épico” e isso simplesmente não ocorreu”

O jogo dispõe de um modo de compra de “skills” que vc compra com pontos que coleta de inimigos caídos. Essa skills vão de “dar mais dano em uma arma específica à “se curar mais rápido”.

Os gráficos estão belos como o de costume da série, e cinematics bem “Hollywoodianas” , porem à partes em que se você olhar bem atentamente os cenários achará alguns “serrilhados indesejados”, mas nada que comprometa a diversão do jogo.

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Em resumo: Um jogo bom que poderia ter sido melhor, porém, continua sendo ótimo título. Não me arrependo em momento nenhum em tê-lo terminado diversas vezes e só a campanha do Leon vale o jogo inteiro.