Velharias

Esse é Old School – Omikron The Nomad Soul

Este jogo é um daqueles que se você não conhece, não sabe o que está perdendo. Omikron The Nomad Soul foi um jogo feito pelos mesmos criadores de Fahrenheit (Indigo Prophecy) e Heavy Rain de 1999 para PC e DreamCast que se passa em uma realidade paralela, onde o jogador deve impedir que uma trama sinistra seja concretizada para roubar as almas das pessoas daquela realidade e até mesmo da nossa.

O fato mais curioso desse jogo é que você joga simplesmente como você mesmo! Você é chamado de “A alma nômade” e começa o jogo possuindo voluntariamente o corpo de um policial chamado Kay’l, que está encarregado de solucionar um crime de assassinatos em massa. Ocorre um pequeno diálogo e você assume o corpo de Kay’l para poder começar a trama propriamente dita.

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Omikron foi o primeiro jogo a misturar elementos de um Adventure com jogos de luta no estilo Tekken (ou Virtua Fighters, ou Dead or Alive, ou…) e com jogos de FPS no estilo Doom. E por incrível que pareça fez isso muito bem, pois o jogo corre com uma fluidez incrível para sua época. Os gráficos eram muito bonitos, além de ter uma trama bastante complexa e uma trilha sonora muito bem arranjada com músicas ambiente que combinam muito bem com o cenário compostas por nada mais nada menos que Reese Gabriels e David Bowie (Sim, David Bowie. Você leu certo) e, além disso tudo, o jogo era divertido de se jogar e não cansava fácil, salvo por não poder pular as cenas de apresentação (o que as vezes tornava-se um pouco incômodo) e por alguns problemas no Framerate (sendo a taxa deste bastante instável, hora rodando perfeitamente, hora dando algumas “engasgadas”) que mesmo assim não tiram o charme do jogo.

Outro grande diferencial do jogo é: Você pode fazer de tudo na cidade. Sim, tudo. Assistir a shows (Sim, isso mesmo que falei! No meio do jogo tem uma apresentação de um grupo chamado The Dreamers no Harvey’s Bar, que é uma das muitas participações de David Bowie no jogo), entrar em um campeonato clandestino de lutas (que, na minha opinião, é uma das partes mais divertidas do jogo), entrar em sex shops, bares de Strip-tease, supermercados, drogarias, tendas de artefatos mágicos (lembre-se, é uma dimensão paralela), andar com seu Slider (um carro anti-gravidade), caminhar pelas ruas, dentre muitas outras coisas.

Mas o principal desse jogo é o fato do personagem poder ser praticamente qualquer um no jogo. Você pode trocar de corpo sempre que necessário se usar a magia de reencarnação. Quando seu personagem troca de corpo, porém, seus status retornam ao mínimo simbolizando que tudo o que o corpo anterior tinha você perdeu. No total você pode trocar entre aproximadamente 30 personagens, desde Kay’l até uma prostituta de Qalisar ou de um fazendeiro meio alienígena de Azekeel com o nome de Fodo ou até mesmo uma jornalista chamada Betsy que você encontra na drogaria.

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Para resumir, este é um jogo do qual você não deve perder. Apesar dos glitches na framerate e por não poder pular nenhuma cena de apresentação, você ficará surpreso com o que possivelmente foi o pai dos jogos sandbox modernos de hoje em dia.

Boatos correram que haveria uma continuação para este jogo que seria chamada Omikron 2: Karma e que a mesma estava em produção desde 2005, mas teve de ser parada devido ao foco da equipe em Heavy Rain. Resta-nos esperar para sabermos se a produção será retomada ou não. Enquanto isso, vamos jogar e ficar no aguardo, quem sabe Kay’l não aparece no seu monitor e te chama pra assumir o papel de policial na continuação um dia…

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